Variante ômicron: Porto Alegre confirma 7º caso da nova cepa no Brasil

Pessoa infectada veio dos EUA para a capital gaúcha e foi vacinado com dose da Moderna

Da Redação, com BandNews TV

Porto Alegre confirmou nesta sexta-feira (10) o primeiro caso da variante ômicron na cidade. 

No Brasil, é o sétimo caso confirmado de uma pessoa infectada com a nova cepa da Covid-19: três em São Paulo, dois no Distrito Federal e dois no Rio Grande do Sul.

O paciente, que veio dos Estados Unidos, recebeu uma dose da vacina da Moderna - que não é ministrada no Brasil. Depois de passar por atendimento médico, ele realizou teste RT-PCR em um laboratório privado. Após o resultado positivo, o exame passou por análise genômica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFGRS).

A Diretoria de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde monitora o caso, tanto da pessoa confirmada quanto dos contatos próximos.

É o segundo caso com a variante ômicron no estado. Em 3 de dezembro, uma mulher de Santa Cruz do Sul, que chegou da África do Sul, teve o novo vírus identificado.

Ômicron: O que se sabe sobre a nova variante da covid-19 com mais mutações

Cientistas fizeram um alerta sobre a ômicron, a nova variante da covid-19 que tem um número alto de mutações e pode causar uma nova onda de infecções pela doença, já que ela poderia escapar dos sistema imunológico. Ela apresenta mais que o dobro de mutações que a delta. 

A ômicron (B.1.1.529) foi classificada como “preocupante” pela OMS (Organização Mundial de Saúde) e ganhou um novo nome: Ômicron. A OMS resolveu nomear as novas cepas do Sars-cov-2 com letras do alfabeto grego. Ômicron é a 15ª letra. 

Os primeiros casos da variante B.1.1.529 foram identificados em Botsuana em 11 de novembro. Três dias depois, o primeiro de vários casos do B.1.1.529 foi confirmado na África do Sul. Em alguns países, como no Brasil, entrou antes mesmo de ter sido anunciada pela OMS. São pelo menos sete casos confirmados no País, que ainda não optou por adotar o chamado “passaporte da vacina” para viajantes que chegam em aeroportos.

Ainda não há informações a possibilidade de a variante ômicron apresentar uma mudança nos sintomas ou na gravidade da Covid. A médica sul-africana que identificou os primeiros casos de Covid-19 infectados pela nova cepa relatou que seus pacientes apresentaram sintomas incomuns, mas moderados, como fadiga intensa e pulsação alta.

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Grande número de mutações

A Covid-19 evoluiu para se tornar mais contagiosa com o tempo. A variante alfa, detectada pela primeira vez no Reino Unido no ano passado, foi mais facilmente passada de pessoa para pessoa do que a versão original do Sars-Cov-2. A variante delta, posterior, era mais transmissível do que alfa.

Os cientistas ainda estão estudando a nova variante, mas eles já identificaram pelo menos 32 mutações na proteína spike, que é o alvo da maioria das vacinas já desenvolvidas e ponto chave que o vírus usa para invadir as células do corpo. Isso representa o dobro de mutações da cepa delta.

Considerado as variações das mutações, os cientistas prevêem que o vírus terá maior probabilidade de infectar --ou reinfectar-- pessoas. 

"Essa variante parece se espalhar muito rápido. Em menos de duas semanas ela já domina as infecções," escreveu no Twitter Tulio de Oliveira, virologista brasileiro e diretor do Centro para Resposta Epidemiológica e Inovação (CERI, na sigla em inglês), da África do Sul.

Os cientistas estão preocupados com o número de mutações e com o fato de algumas delas já foram associadas a uma capacidade de escapar da proteção imunológica existente. Mas estas previões são teóricas, e laboratórios estão testando a eficácia com que os anticorpos neutralizam a nova variante. 

O avanço da ômicron, com as taxas de reinfecção, e os sintomas que ela provocar também darão uma indicação mais clara sobre a extensão de qualquer alteração na imunidade. Os cientistas não esperam que a variante seja totalmente irreconhecível para os anticorpos existentes --consideram apenas que as vacinas atuais podem dar menos proteção. 

Portanto, um objetivo crucial continua sendo aumentar as taxas de vacinação, incluindo terceiras doses para grupos de risco.

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