Porta-voz militar de Israel qualifica ataque por terra como “preparativo”

Foi um ensaio para quando for dada a ordem de invasão por terra

Por Moises Rabinovici

Conflito entre Israel e Hamas, no Oriente Médio
Reuters

Tanques israelenses penetraram no norte de Gaza durante a noite. Foi um ensaio para quando for dada a ordem de invasão por terra. 

O porta-voz militar de Israel qualificou a breve invasão como preparativo para o próximo estágio da guerra contra o Hamas. 

Os europeus, em Bruxelas, vão discutir a situação humanitária em Gaza. É provável que divulguem um apelo unânime por uma trégua que permita a Gaza receber mais ajuda humanitária, atrasada porque Israel inspeciona cada caminhão para impedir a entrada de armas para o Hamas. 

Mas 12 caminhões com medicamentos foram liberados durante a noite. Gasolina, o que mais falta para manter os hospitais funcionando, continuará faltando.

Um dos líderes do Hamas, Saleh Al-Arouri, contou ontem à emissora Al Manar, do Hezbollah, que os estrangeiros reféns estão sendo tratados como hóspedes nos túneis de Gaza, enquanto os israelenses só sairão se trocados por prisioneiros palestinos em Israel.

O Ministério das Relações Exteriores israelense rejeitou os comentários do presidente turco Recep Tayyip Erdogan, que disse que o Hamas não é uma organização terrorista. 

"O Hamas é uma organização terrorista desprezível", disse o porta-voz Lior Haiat, acrescentando que as "palavras incitadoras de Erdogan não mudarão os horrores que o mundo inteiro já viu".

A guerra em alguns jornais internacionais

Jornais do Oriente Médio:

  • Iran Daily: EUA são "definitivamente cúmplices" de Israel.
  • Haaretz, Israel: À medida que o tempo passa para os reféns, Israel depende do aliado do Hamas, o Catar.
  • Jerusalem Post: Netanyahu: Eu também terei que responder pelo dia 7 de outubro.
  • Kuwait Times: O padrão duplo do Ocidente é criticado.
  • The Peninsula, Catar: Chanceler turco discute Palestina com Amir (chefe de Estado)
  • Olay, Turquia: Israel: o Hamas não é uma organização terrorista. Você é que é.

Ataque nos Estados Unidos

Na pacata Lewiston, no Maine, Robert Card entrou no boliche Sparetime Recreation, e começou a atirar. Correria, caos, corpos no chão. Daí ele foi para o restaurante Schemengees, e atirou mais. Total provisório: 18 mortos, 50 a 60 feridos. Ele fugiu. Andava ouvindo vozes, com histórico de doença mental, e teve treinamento militar. 

Na Casa Branca, o presidente Biden dava um banquete para o primeiro-ministro australiano Anthony Albanese, quando interrompido para ser informado. Ele ligou para a governadora do Maine, Janete Mills, e ofereceu ajuda federal. Centenas de policiais e helicópteros caçam Robert Card, 40 anos.. Estradas bloqueadas, escolas fechadas e a população dentro de suas casas, a pedido da polícia.

"Ele é considerado perigoso e está armado" (com um rifle semiautomático de estilo militar), avisou o xerife Eric Samson, do condado de Androscoggin, pelas redes sociais. O carro que Card usou para fugir foi localizado na cidade de Lisbon, a cerca de cinco quilômetros de Lewiston.

O dono do restaurante Schemengees postou nas redes sociais: "Meu coração está partido. Estou sem palavras. Em uma fração de segundo, seu mundo vira de cabeça para baixo sem um bom motivo. Perdemos grandes pessoas nesta comunidade. Como podemos entender isso? Enviando orações a todos."

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