As primeiras Projeções de População do IBGE com dados do Censo Demográfico 2022, divulgadas hoje (22), estimam que a população do país vai parar de crescer em 2041, quando chegará a 220.425.299 habitantes.
Esse estudo demográfico também mostra que, de 2000 para 2023, a taxa de fecundidade caiu de 2,32 para 1,57 filho por mulher, e deve recuar até 1,44 em 2040, quando atinge seu ponto mais baixo. Já a idade média da população brasileira atingiu 35,5 anos em 2023 e deve subir para 48,4 anos em 2070.
Como consequência desses indicadores, o crescimento populacional do país vai desacelerar até 2041, quando a população atingirá seu valor máximo: 220.425.299 habitantes. A partir deste ano, a população do país deve diminuir, até chegar aos 199.228.708 habitantes em 2070.
As Projeções de População do IBGE utilizam dados provenientes de diversas fontes, como os três censos demográficos mais recentes (2010, 2010 e 2022), a série histórica das Estatísticas do Registro Civil (iniciada em 1974) o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC), ambos do Ministério da Saúde, entre outros. Seus cálculos permitem acompanhar a evolução dos padrões demográficos do país.
Além de servirem de parâmetro para políticas públicas nas três esferas de governo, as Projeções de População permitem que o IBGE atualize as amostras de suas pesquisas domiciliares, como a PNAD Contínua, a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) e a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF).
Taxa de fecundidade do país em 2023 cai para 1,57 filho por mulher
Segundo as Projeções de População 2024, a taxa de fecundidade do país era de 2,32 filhos por mulher em 2000, recuou para 1,75 filhos por mulher em 2010 e chegou a 1,57 em 2023.
Nos próximos anos, essa taxa deve recuar para 1,47 em 2030 e atingir seu ponto mais baixo em 2041, chegando a 1,44 filho por mulher.
No entanto, a partir de 2050, as Projeções indicam que a taxa terá ligeiro aumento, indo a 1,45 em 2050, a 1,47 em 2060 e chegando a 1,50 em 2070.
Esse indicador vem decrescendo como consequência de uma série de transformações ocorridas na sociedade brasileira desde meados do Século XX.
As regiões com as taxas de fecundidade mais altas em 2023 foram Norte (1,83) e Centro-Oeste (1,71), enquanto o Nordeste (1,56), o Sul (1,56) e o Sudeste (1,48) tinham as taxas mais baixas. Entre os estados, a taxa de fecundidade mais alta foi a de Roraima (2,26) e a mais baixa, do Rio de Janeiro (1,39).