O ministro do Interior da França, Gerald Darmanin, anunciou nesta segunda-feira (29/07) a prisão de que um ativista acusado de participar doataque que interrompeu a circulação de trens de alta velocidade na Françana última sexta-feira, dia da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris 2024.
O homem, que seria ligado à extrema-esquerda, foi preso em um "local ferroviário" em Oissel, no noroeste do país, disse Darmanin.
O suspeito supostamente tinha chaves de acesso às instalações técnicas da rede de trens francesa, além de ferramentas e literatura de extrema esquerda, informou a agência de notícias AFP, citando fontes policiais.
Darmanin disse que os métodos dos sabotadores tinham as marcas registradas de extremistas de esquerda. "Identificamos o perfil de várias pessoas. Esse é o tipo tradicional de ação da ultraesquerda", afirmou à France 2 TV.
No entanto, Darmanin advertiu que não se deve tirar conclusões precipitadas porque os autores do crime podem ter sido manipulados.
Trens de alta velocidade em funcionamento
Os trens de alta velocidade voltaram a operar normalmente na segunda-feira, depois que instalações foram incendiadas em diversas linhas, afetando mais de 800 mil pessoas.
Em resposta ao incidente, Darmanin disse que 50 drones, 250 agentes de segurança ferroviária e mil trabalhadores de manutenção foram destacados para reforçar a segurança ao longo da rede de trens de alta velocidade que compreende 28 mil quilômetros.
Sequência de ações
O ataque às linhas de trem se soma a uma série de ações coordenadas registradas durante os Jogos Olímpicos. O ministro afirmou que as autoridades também prenderam preventivamente 45 ativistas climáticos do grupo ambiental Extinction Rebellion neste final de semana. Segundo a polícia francesa, o grupo planejava ocupar uma ponte sobre o rio Sena, em Paris, como forma de protesto.
Em outro incidente, a polícia disse que as redes de fibra óptica de várias operadoras de telecomunicações foram "sabotadas" em seis áreas da França na madrugada desta segunda-feira. No sul do país, por exemplo, os cabos que conectam a rede foram cortados. As empresas SFR e Bouygues Telecom foram as principais afetadas.
gq (Reuters, AFP)