Polícia prende acusados de vender 'Xapa Xana' e outros produtos à base de maconha no DF

Produto com óleo rico em THC era vendido junto de outros derivados, como brownies e chocolates com a droga

STF deve retomar julgamento da descriminalização do porte de maconha nesta terça (25)
Agência Brasil

A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu dois investigados de vender derivados de cannabis, a maconha, por meio das redes sociais nesta terça-feira (24). A Operação Aruanda apreendeu, dentre os produtos vendidos pelo grupo criminoso, um lubrificante íntimo à base de THC, conhecido como 'Xapa Xana'. 

O grupo é acusado de prescrever produtos à base de maconha como suposta cura para diversas doenças. Tanto o 'Xapa Xana' quanto outros itens eram produzidos de derivados da planta em um laboratório em Pirenópolis, Goiás. Além disso, eles fabricavam e vendiam produtos comestíveis à base de cogumelos alucinógenos e também de maconha. 

Produtos à base de maconha são proibidos de serem comercializados pela Anvisa. A importação é apenas autorizada em caso de importação exclusiva de pessoas físicas. No caso do grupo que vendia o 'Xapa Xana', o produto era produzido e comercializado no Brasil, o que configura o crime de tráfico de drogas. 

O lubrificante prometia orgasmos múltiplos, além de estimular a área íntima e tratar fissuras e ressecamento vaginal, o que não é comprovado. Os produtos eram anunciados sem autorização da Anvisa, pelas redes sociais e eram enviados para todo o país. O Distrito Federal era um dos principais destinos. O grupo também vendia chocolates e brownies contendo drogas, o que representa um risco ainda maior para pessoas vulneráveis. 

Os envolvidos que foram presos devem responder por exercício ilegal da medicina,
curandeirismo, charlatanismo, tráfico de drogas interestadual, associação para
o tráfico e disseminação de espécies que possam causar danos ao meio
ambiente, podendo pegar até 39 anos de reclusão.

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