A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu dois investigados de vender derivados de cannabis, a maconha, por meio das redes sociais nesta terça-feira (24). A Operação Aruanda apreendeu, dentre os produtos vendidos pelo grupo criminoso, um lubrificante íntimo à base de THC, conhecido como 'Xapa Xana'.
O grupo é acusado de prescrever produtos à base de maconha como suposta cura para diversas doenças. Tanto o 'Xapa Xana' quanto outros itens eram produzidos de derivados da planta em um laboratório em Pirenópolis, Goiás. Além disso, eles fabricavam e vendiam produtos comestíveis à base de cogumelos alucinógenos e também de maconha.
Produtos à base de maconha são proibidos de serem comercializados pela Anvisa. A importação é apenas autorizada em caso de importação exclusiva de pessoas físicas. No caso do grupo que vendia o 'Xapa Xana', o produto era produzido e comercializado no Brasil, o que configura o crime de tráfico de drogas.
O lubrificante prometia orgasmos múltiplos, além de estimular a área íntima e tratar fissuras e ressecamento vaginal, o que não é comprovado. Os produtos eram anunciados sem autorização da Anvisa, pelas redes sociais e eram enviados para todo o país. O Distrito Federal era um dos principais destinos. O grupo também vendia chocolates e brownies contendo drogas, o que representa um risco ainda maior para pessoas vulneráveis.
Os envolvidos que foram presos devem responder por exercício ilegal da medicina,
curandeirismo, charlatanismo, tráfico de drogas interestadual, associação para
o tráfico e disseminação de espécies que possam causar danos ao meio
ambiente, podendo pegar até 39 anos de reclusão.
STF deve retomar julgamento da descriminalização do porte de maconha nesta terça (25)
Agência Brasil