A Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp) informou, por meio de nota, que investigações foram iniciadas para apurar os responsáveis por disparos em massa de mensagens por SMS irregulares contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e Congresso Nacional. Em comunicado divulgado neste sábado, a pasta confirmou que policiais especializados atuam em colaboração com órgãos federais.
“A Secretaria da Segurança Pública do Paraná (SESP) informa que o Núcleo de Combate aos Cibercrimes da Polícia Civil (Nuciber/PCPR) já iniciou as investigações para apurar os responsáveis pelo disparo em massa de mensagens SMS irregulares, pela empresa Algar Telecom. A SESP empregará seus policiais especializados que deverão atuar em colaboração a órgãos federais”, diz a nota da Sesp.
Segundo o governo do Paraná, as mensagens foram enviadas a partir de uma empresa terceirizada, a Algar Telecom, sem iniciativa e envolvimento da Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná (Celepar) e do Executivo.
A Algar Telecom presta serviços à Celepar, que cobrou explicações à terceirizada. A companhia ainda pontuou, em nota, que não compactua com manifestação antidemocrática e se diz vítima do crime.
Em nota, a Algar Telecom informou que um acesso indevido foi identificado na plataforma da empresa com um IP que não pertence à operadora. A empresa contratada pelo governo do Paraná também ressaltou que colaborará com as investigações.
Mensagem antidemocrática
Na noite de sexta-feira (23), mensagens com mensagens de ataque ao STF e Congresso Nacional e de que o presidente Jair Bolsonaro (PL) será reeleito no primeiro turno foram enviadas por SMS.
“Vai dar Bolsonaro no primeiro turno! Senão, vamos à rua para protestar! Vamos invadir o congresso e o STF! Presidente Bolsonaro conta com todos nós!!”, diz o texto enviado por SMS pela Algar Telecom.
Nota do governo do Paraná
As mensagens de cunho político enviadas por SMS foram feitas a partir de uma empresa terceirizada, a Algar Telecom, sem qualquer iniciativa e envolvimento da Celepar e do Governo do Estado. Em nenhum momento a Celepar teve ciência, autorizou ou enviou qualquer tipo de mensagem.
O caso é grave e os responsáveis serão penalizados na forma da lei. Os órgãos policiais e eleitorais já foram acionados em todas as esferas e os boletins de ocorrência realizados para fins de investigação.
A Celepar notificou a empresa terceirizada para que preste os esclarecimentos de acordo com os parâmetros contratuais e repudia qualquer tentativa de uso político, eleitoreiro ou manifestação antidemocrática a partir de suas plataformas de serviços e trabalha ativamente para combater esse tipo de atitude.
A Celepar e o Governo do Estado foram vítimas desse crime.
Nota da Sesp
A Secretaria da Segurança Pública do Paraná (SESP) informa que o Núcleo de Combate aos Cibercrimes da Polícia Civil (Nuciber/PCPR) já iniciou as investigações para apurar os responsáveis pelo disparo em massa de mensagens SMS irregulares, pela empresa Algar Telecom. A SESP empregará seus policiais especializados que deverão atuar em colaboração a órgãos federais.
Nota da Algar Telecom
Algar Telecom está analisando o ocorrido. Detectamos um acesso indevido à plataforma, com um IP que não pertence à operadora.
A Algar Telecom informa que a conta que realizou os disparos foi bloqueada, que continua analisando internamente a questão e que irá colaborar com a apuração dos fatos.