Polícia de Berlim investiga crime de ódio contra embaixador de Israel

Israelense foi importunado em evento privado por ativistas pró-palestina que o acusaram de "genocídio" em razão da ofensiva de Israel na Faixa de Gaza. Prefeito da capital classifica incidente como "inaceitável".

Por Deutsche Welle

A polícia de Berlim informou nesta quarta-feira (29/02) que investiga um incidente no qual o embaixador de Israel na Alemanha, Ron Prosos, foi importunado publicamente e acusado de "genocídio" por ativistas pró-palestina.

Segundo relatos na imprensa local, vários ativistas interpelaram Prosor durante um evento privado, acusando-o te ter "sangue nas mãos".

Em um vídeo que circulou nas redes sociais era possível ouvir uma pessoa gritando "Ron Prosor, você não tem como se esconder, nós o acusamos de genocídio".

O prefeito da capital alemã, Kai Wegner, condenou o que chamou de "ameaça contra o embaixador". "É absolutamente inaceitável que pessoas de Israel sejam pessoalmente importunadas e ameaçadas", afirmou. "Berlim não aceita o ódio e a incitação e agirá contra o antissemitismo na cultura, nas universidades e em todos os demais lugares da cidade."

O jornal Berliner Zeitung relatou que a investigação foi iniciada após suspeitas de ofensas criminais cometidas contra o embaixador, embora a polícia não tenha fornecido maiores detalhes sobre o ocorrido.

Mais de 30 mil mortes em Gaza

O governo de Israel é acusado por seus críticos de cometer genocídio na Faixa de Gaza em sua guerra contra o grupo extremista Hamas – acusação rejeitada por Tel Aviv.

Os israelenses dizem que os ataques aéreos e por terra ao enclave palestino se justificam como medidas de autodefesa, após os ataques terroristas do Hamas em solo israelenses em 7 de outubro do ano passado, que mataram mais de 1.200 pessoas.

Autoridades de Saúde em Gaza afirmam que o número de mortos em consequência da ofensiva israelense é de mais de 30 mil. O Hamas é considerado uma organização terrorista em vários países, inclusive na Alemanha.

rc (DPA)

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