A Polícia Civil deflagrou nesta terça-feira (27) a operação “Alta Escalão 2” contra um grupo que se passava por 17 prefeitos, deputados e senadores para aplicar golpes em redes sociais.
A operação contou com o apoio das Polícias Civis do Piauí e do Maranhão e cumpre oito mandados de busca e apreensão nas cidades de Timon (MA) e Teresina (PI). “O objetivo é identificar os membros de uma organização criminosa atuante em todo território nacional, especializada em crimes de fraude eletrônica”, informou a PCDF.
Segundo a investigação, a associação criminosa cooptava vítimas se passando por personalidades políticas, especialmente por senadores, “clonando” perfis de WhatsApp, utilizando suas imagens e seus nomes.
Os autores entravam em contato com as vítimas e informavam que havia uma doação disponível, porém, devido a um prazo que estava em vias de se esgotar, solicitavam empenho das vítimas em efetuar um depósito em dinheiro ao motorista do caminhão em que os produtos estavam para poderem ser entregues na região da vítima.
Os investigados, um homem de 26 anos e quatro mulheres de 22, 25, 41 e 43 anos, são apontados como os responsáveis por contatar as vítimas e se passar pelos políticos acima mencionados.
Após sete meses de investigação, foi constatado que os autores também utilizavam perfis falsos de outras autoridades e, em muitos dos casos, eles utilizavam vários números telefônicos cadastrados em nome do mesmo parlamentar.
Durante a investigação, foram identificados os seguintes parlamentares como vítimas:
Senadores
- Paulo Paim (PT-RS)
- Humberto Costa (PT-PE)
- Ana Paula Lobato (PSB-MA)
- Carlos Viana (Podemos-MG)
- Marcio Bittar (União-AC)
- Soraya Thronicke (União-MS)
- Luis Carlos Heinze (PP-RS)
- Esperidião Amin (PP-SC)
- Teresa Leitão (PT-PE)
- Marcelo Castro (MDB-PI)
- Vanderlan Cardoso (PSD-GO)
Deputados
Natalia Bonavides (PT-RN)
Diego Andrade (PSD-MG)
Rogério Corrêa (PT-MG)
André Janones (Avante-MG)
Prefeitos
- Amazan Silva, Jardim do Seridó - RN
- Paulo Roberto Leite de Arruda, Vitória de Santo Antão - PE
A investigação teve início em junho de 2023, após alguns senadores vítimas terem procurado a delegacia para comunicar a prática de crimes usando os seus nomes.
Os autores irão responder pelos crimes de associação criminosa, falsa identidade e estelionato, cujas penas somadas podem atingir (nove anos de reclusão.