Em entrevista nesta sexta-feira (14) ao programa Bandeirantes Acontece, da Rádio Bandeirantes, o infectologista e pesquisador da Fiocruz, Julio Croda enfatizou a necessidade manter medidas preventivas no enfrentamento a pandemia do novo coronavírus.
“Podemos ter uma enorme alta no número de casos. Não temos uma situação tranquila neste momento. Temos mais pessoas internadas no Brasil hoje do que tivemos na primeira onda”, alertou.
O infectologista conversou sobre o trabalho sendo realizado pela Fundação Oswaldo Cruz e o Instituto Butantan.
“Nosso objetivo na Fiocruz e no Butantan é vacinar o maior número de pessoas possível no menor intervalo de tempo possível”, lembrou.
Julio Croda também ressaltou a necessidade do auxílio e da responsabilidade do Ministério da Saúde e do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) perante o processo de vacinação da população brasileira.
“O Ministério da Saúde e o próprio presidente têm que nos auxiliar nessa tarefa. Qualquer fala que atrapalhe o IFA vai gerar prejuízo para a população, que vai deixar de ser vacinada”, disse Croda.
De acordo com o infectologista, as vacinas atuais contra a Covid-19 funcionam para as variantes da África do Sul, Reino Unido e Manaus, e a preocupação do momento é a variante indiana.
“Toda mutação que gera maior transmissibilidade, pode de alguma forma diminuir a proteção para as novas variantes. Anticorpos não funcionam, tanto os gerados por uma infecção prévia, quanto os adquiridos por tomar a vacina. Precisamos de uma nova dose específica para essa variante da Índia.”
Julio Croda foi entrevistado por Cláudio Zaidan, Sonia Blota e Ronald Gimenez.