O Batalhão de Choque da Polícia Militar dispersou na manhã desta quarta-feira (2) manifestantes golpistas que bloqueavam a Rodovia Presidente Castello Branco, que liga a capital paulista ao interior do Estado. 

Inconformados com a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) na eleição que sagrou Luiz Inácio Lula da Silva presidente, manifestantes mantêm bloqueios em rodovias em diversos estados nesta quarta-feira (2), apesar de o próprio Bolsonaro dizer que o direito de ir e vir deve ser respeitado. 

Em entrevista à Rádio BandNews FM, o secretário de Segurança Pública de São Paulo, coronel Álvaro Camilo, afirmou que o foco é a liberação da Castello Branco e prometeu prender quem resistir à ação policial. 

A Polícia Militar de São Paulo já aplicou 183 multas no valor de R$ 100 mil e outras 212 de R$ 5,8 mil em veículos usados para bloquear estradas de forma ilegal. De acordo com o secretário Executivo da PM, Coronel Álvaro Camilo, desde o início das manifestações, a PM já desmontou 177 pontos de bloqueio e, em oito ocasiões, foi necessário o uso de armamentos não letais. 

Uma decisão unânime do Supremo Tribunal Federal permite a aplicação dessas multas e determina a prisão em flagrante de todas as pessoas que insistirem em manter bloqueios. De acordo com o STF, esses protestos se enquadram na lei de Crimes Contra o Estado Democrático de Direito. 

Apesar disso, em entrevista à BandNews FM, o coronel Álvaro Camilo afirma que os manifestantes não são infratores da lei. Ao ser confrontado sobre a afirmação, o secretário refez a frase e disse que, na verdade, "não são bandidos que estão matando gente por aí". 

O foco da PM, nesta quarta, é a Rodovia Castelo Branco. Lá, além de serem muitos os pontos de bloqueio, são muitos caminhões travando o caminho. A PM também está preocupada com a região de Paulínia, onde o bloqueio pode afetar seriamente a distribuição de combustível. 

O Estado de São Paulo tem, neste momento, três interdições parciais: na Castelo Branco, na Dutra e na Régis Bittencourt.