Planos são obrigados a cobrir tratamentos contra câncer de ovário e próstata

Decisão da Agência Nacional de Saúde após reunião da Diretoria Colegiada foi publicada no 'Diário Oficial da União'

Da redação, com Agência Brasil

Planos de saúde terão de cobrir tratamento para dois tipos de câncer
Agência Brasil

Os planos de saúde terão que garantir a cobertura de dois novos tratamentos contra o câncer de ovário e de próstata no país. A decisão foi tomada pela Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), em reunião no dia 2 de maio deste ano. A resolução foi publicada no “Diário Oficial da União” uma semana depois.  

A atualização da lista de coberturas obrigatórias, a segunda realizada neste ano, determina a cobertura, pelos planos, de um tratamento contra o câncer de ovário (olaparibe em combinação com bevacizumabe) e contra o câncer de próstata metastático (darolutamida em combinação com docetaxel). 

A resolução da ANS também prevê cobertura para o teste genérico de deficiência de recombinação homóloga, usado para diagnosticar as pacientes elegíveis ao tratamento com a associação olaparibe e bevacizumabe. 

Em fevereiro deste ano, a ANS já havia determinado a incorporação de quatro tratamentos ao rol de procedimentos obrigatórios: onasemnogeno abeparvoveque (para bebês com atrofia muscular espinhal), dupilumabe (para adultos com dermatite atópica grave), zanubrutinibe (para adultos com linfoma de células do manto) e romosozumabe (para mulheres idosas com osteoporose na pós-menopausa). 

Câncer de ovário

O câncer de ovário é o 7º tipo de tumor mais comum no mundo e a 8ª causa de morte por câncer em mulheres, segundo a Organização Mundial da Saúde.

Quando há a suspeita da doença, a avaliação inicial pode ser realizada por ultrassom ou tomografia computadorizada do abdômen e pelve. A medição do marcador tumoral 125 auxilia o diagnóstico. A confirmação é feita a partir da biópsia do tecido ovariano.

Mulheres que nunca tiveram filho ou cujas gestações ocorrem após os 30 anos têm maior risco de desenvolver a doença. A menstruação precoce, a menopausa tardia e a obesidade também podem estar associadas a risco aumentado de câncer de ovário.

Câncer de próstata

O câncer de próstata é o mais frequente entre homens depois do câncer de pele do tipo não melanoma. Dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer) estimam que o Brasil deve ter 72 mil novos casos da doença por ano até 2025. 

A glândula, localizada entre o reto e a bexiga no corpo masculino, tem como principal função produzir o chamado fluído prostático, que compõe o sêmen e ajuda a nutrir e proteger os espermatozoides. 

A falta de hábito em realizar os exames preventivos de forma periódica acaba dificultando o diagnóstico precoce. Um dos principais fatores de resistência se refere ao exame de toque retal – realizado em consultório para apalpar a próstata e analisar possíveis alterações na mucosa retal.  

No entanto, o especialista acredita que os homens mais jovens estão, aos poucos, aprendendo a cuidar melhor da própria saúde e buscando ajuda de um urologista.

Tópicos relacionados

Mais notícias

Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.