A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) anunciou nesta quinta-feira (8) um plano para combater o uso de decodificadores clandestinos como a TV Box. No anúncio, eles informaram que retiraram de circulação do mercado mais de 1,4 milhão do equipamento pirata que dá acesso de forma ilegal a filmes, séries e canais por assinatura.
Em entrevista coletiva, Moisés Moreira, conselheiro da Anatel, citou que os equipamentos têm a presença de malware, capaz de capturar dados de usuários como registros financeiros, arquivos e fotos. Além disso, os aparelhos transmitem de forma clandestina, o que é previsto como crime.
Carlos Baigorri, presidente da Anatel, explicou que ao comprar um aparelho do tipo, o usuário “coloca um inimigo em casa”. “Se você conecta no wi-fi da sua casa e o seu celular também, todas as informações que passam pelo celular, ele tem capacidade de capturar e roubar. Se você entra no homebank, ele vê, uma pessoa pode ver tudo do outro lado”, cita.
Em segundo lugar, ele afirma que os equipamentos podem ser controlados por outra pessoa. “A pessoa pode ligar o equipamento e comandar o aparelho, falando de milhões de equipamentos, podemos saber que há um exército que pode fazer ataques cibernéticos”, explica.
Hermano Tercius, superintendente da Anatel, informou que os equipamentos seguem sendo vendidos, mas há quase sete milhões de TV Box conectados à rede de internet, o que dificulta o combate à pirataria.
No plano para combater a pirataria, seis etapas foram anunciadas. A primeira é a denúncia dos aparelhos, dos endereços que serão bloqueados, depois a análise. Na terceira etapa, se assegura que o usuário não tenha alteração em serviços legítimos, na quarta, o bloqueio ocorre e por fim, o grupo técnico cumpre e avalia o bloqueio pelas prestadoras de serviço de internet.