A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou, nesta quinta-feira (14), a primeira denúncia no inquérito que apura a atuação de financiadores dos atos de 8 de janeiro. A petição enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) destaca que o acusado é um morador de Londrina, interior do Paraná.
Segundo a PGR, o acusado cometeu cinco crimes ao oferecer auxílio material e moral ao grupo que invadiu as sedes dos Três Poderes, em Brasília. O órgão pontua que há provas de que ele teria fretado quatro ônibus para o transporte de dezenas de pessoas para a capital federal, onde criminosos se reuniram por meses em frente ao Quartel-general do Exército com mensagens golpistas.
Os contratos dos veículos fretados somam R$ 59,2 mil, segundo a PGR. Além de financiar os deslocamentos, o denunciado foi acusado de participar da organização e arregimentação de pessoas para a prática dos atos. Os crimes a serem respondidos são:
- associação criminosa armada;
- abolição violenta do Estado democrático de direito;
- golpe de Estado;
- dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável, contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima; e
- deterioração de patrimônio tombado.
Somadas, as penas pelos cinco crimes passam dos 30 anos de reclusão. Para a PGR, entre outubro de 2022 e 8 de janeiro, o denunciado teria participado ativamente de grupos de mensagens virtuais com teor golpista. O objetivo era incitar a população e as Forças Armadas para, não só contestar o resultado das eleições, como destituir o presidente eleito.