PF prende suspeitos de participar ou financiar atos antidemocráticos em Brasília

Suspeitos foram detidos na operação Lesa Pátria, deflagrada pela Polícia Federal nesta sexta-feira (20)

Da Redação

PF prende suspeitos de participar ou financiar atos antidemocráticos em Brasília
Divulgação/Polícia Federal

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira (20) a operação Lesa Pátria em cinco estados (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul) e no e Distrito Federal. Até o momento, a PF prendeu ao menos cinco pessoas. 

A Band apurou que, até o momento, Renan da Silva Sena (Distrito Federal), Ramiro Alves da Rocha (São Paulo), Soraia de Mendonça Bacciotti (Mato Grosso do Sul) e Randolfo Antonio Dias (Minas Gerais) foram presos de forma preventiva. O quinto não teve o nome divulgado pela Polícia Federal. 

O Supremo Tribunal Federal expediu oito mandados de prisão, faltam ser cumpridos cinco, e outros 16 de busca e apreensão. Os alvos são investigados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

PF faz operação no Pará

Já no Pará, 46 agentes da PF foram mobilizados para cumprir, em Belém e Ananindeua, as medidas cautelares expedidas pela 3ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Pará.

De acordo com as investigações, os seis extremistas alvos dos mandados prestaram auxílio material para tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo ou restringindo o exercício dos poderes constitucionais. 

Eles são suspeitos de aderir, coordenar ou financiar o movimento antidemocrático que invadiu e vandalizou os prédios do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional.

A investigação começou a partir das postagens em redes sociais de participantes do movimento contra o Estado Democrático de Direito. As postagens tinham dois objetivos principais: organizar caravanas de manifestantes de todas as regiões do país para Brasília, para promover uma greve geral com a “tomada” dos Três Poderes através da invasão dos prédios do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional, e assim instalar uma intervenção militar; e para fazer novas obstruções de rodovias federais e ataques a refinarias, portos e aeroportos nos Estados.

A Polícia Federal monitorou grupos de excursões que partiram de Belém rumo à Brasília, que tinham intuito de criar desordem e invasões a prédios públicos, inclusive com possíveis ataques a órgãos e empresas no Pará. Foi verificado intensa participação de alguns extremistas que se associaram de maneira estável e permanente para incitar publicamente o crime de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, através do encaminhamento de mensagens pelas redes sociais.

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