Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. Segundo a Polícia Federal, o produto era da Argentina. O rapaz informou aos policiais que se deslocava até a cidade de Puerto Iguazu, no país vizinho, e se encontrava com um chamado “atravessador”, que repassava o combustível desviado dos postos para a revenda no Brasil.

Ao retornar para casa, ele distribuía o produto em garrafas pets de 2 litros e fazia estoque para vender depois. Durante a prisão, que aconteceu nesta última segunda-feira (20), os policiais apreenderam dois veículos utilizados para o transporte de combustível da Argentina e 70 litros de gasolina, de um total de 300 litros contrabandeados na última viagem ao país vizinho.

De acordo com o professor e assessor de Química do Colégio Positivo, Thiago Cristofoli, o combustível é altamente inflamável, não só pelo líquido em si, mas também pelo vapor que sai dos recipientes não próprios para o armazenamento, podendo causar uma explosão.

“É importante destacar que os combustíveis, sobretudo a gasolina, eles são proibidos por lei o armazenamento em recipientes que são inapropriados para esse acondicionamento, como é o caso das garrafas pets. Assim como a gasolina é inflamável os vapores gerados pela evaporação também são e podem gerar fogo”, explicou Thiago. 

Além disso, há o risco de corrosão das garrafas pets provocando vazamentos do líquido e intoxicação de pessoas próximas devido ao forte cheiro.

Com a grande procura pelo combustível argentino, devido a diferença de preços com o mercado brasileiro, esse comércio ilegal tende a crescer devido a limitações no abastecimento nos postos da Argentina. A Polícia Federal afirma que vem acompanhando esse tipo de atividade e que vai intensificar a fiscalização para inibir esse comércio ilegal que traz grandes riscos à população.