PF prende PM da reserva mais 3 em Rondônia por suspeita de coação após eleições

Suposto grupo criminoso insatisfeito com o resultado das eleições teria obrigado comerciantes a aderirem movimento contra o resultado das eleições

Da redação

Polícia Federal cumpre mandados contra grupo suspeito de coagir comerciantes
Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Ministério Público de Rondônia (MPRO) e a Polícia Federal (PF) cumpriram, neste sábado (17), quatro mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão contra suposta associação criminosa suspeita de coagir comerciantes, caminhoneiros e autônomos a declararem apoio a manifestações contrárias ao resultado das eleições.

São suspeitos de integrarem o grupo, segundo as autoridades, empresários, produtores rurais e um policial militar da reserva. A polícia vê crimes contra a liberdade pessoal e contra as relações de consumo. As investigações iniciaram em novembro na cidade de Colorado do Oeste.

A investigação identificou constrangimentos ilegais, coação contra servidores públicos que apuravam os atos, violação do direito de ir e vir e pessoas teriam sido obrigadas a aderirem aos movimentos. O MP de Rondônia destaca que há relatos sobre diversas pessoas obrigadas a fecharem comércios como forma de apoio aos atos contrários ao resultado das eleições. 

As autoridades ainda mencionam que grupos impediam a passagem de caminhões, inclusive com veículos retidos por dias, e limitavam até a quantidade de combustível a ser abastecido por pessoa.

Armas e munições

Além das prisões preventivas e buscas e apreensões, a Justiça determinou outras ações cautelares, como a suspensão do porte e posse de arma de fogo e três medidas de monitoramento eletrônico. Alguns dos envolvidos têm licença de CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador).

A operação apreendeu nove armas e mais de 500 munições de diferentes calibres, além de seis celulares.

Operação apreendeu 9 armas e mais de 500 munições (Divulgação: MP-RO)

Crimes investigados

Os investigados devem responder por associação criminosa, coação no curso do processo (contra servidores públicos) e crimes contra a relação de consumo e contra a atuação do MP. Somadas, as penas podem chegar a 16 anos de reclusão.

O policial militar da reserva envolvido está entre os presos. Segundo o MP, as vítimas procuraram o órgão de fiscalização para fazerem as denúncias.

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