A Polícia Federal (PF) iniciou nesta sexta-feira (25) uma investigação sobre suspeitas de envolvendo o ministro da Educação, Milton Ribeiro, e pastores, no desvio de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), ligado ao MEC (Ministério da Educação).
O pedido de inquérito foi feito pela Controladoria Geral da União (CGU).
Paralelamente, existe um inquérito no STF (Supremo Tribunal Federal) que apura a possível participação do ministro no caso.
A ministra Cármen Lúcia, do STF, entendeu que é "imprescindível" investigar todos os possíveis envolvidos no "gabinete paralelo" do MEC, incluindo o presidente Jair Bolsonaro (PL).
Mesmo após as denúncias de propina envolvendo Arilton Moura, o MEC manteve a destinação verbas a prefeitos levados ao governo pelo pastor. A informação é do jornal Folha de São Paulo.
O caso era investigado pela CGU desde agosto do ano passado e, até o início deste ano, o ministro Milton Ribeiro recebeu no gabinete pelo menos três prefeitos acompanhados do religioso.
Um deles confirmou que houve o pedido de um quilo de ouro para a liberação de recursos voltados à construção de creches e escolas com dinheiro do FNDE.
Outro prefeito levado por Arilton Moura, de Buritis (MG), esteve no gabinete de Milton Ribeiro em novembro do ano passado e teve a demanda atendida 16 dias depois de se encontrar com o ministro.
A cidade – comandada por Rufino Clovis (SDD) – obteve R$ 200 mil do FNDE para obras de “implantação ou adequação” de quadras esportivas em unidades escolares.
Áudios divulgados pelo jornal Folha de S.Paulo mostraram o ministro Milton Ribeiro afirmando que o governo federal priorizava o atendimento de pedidos de verbas de municípios que eram indicados por dois pastores evangélicos, Gilson Santos e Arilton Moura.