PF instala gabinete de crise para identificar autores de ataques em Brasília

Em nota, a Polícia Federal informou que a segurança de Lula será reforçada

Da redação

A Polícia Federal informou por meio de nota que instalou um gabinete de crise para coordenar ações e identificar os bolsonaristas extremistas que invadiram prédios público na praça dos Três Poderes, em Brasília, neste domingo (8).

Segundo a PF, grupos táticos foram mobilizados de vários estados do Brasil para apoio às forças de segurança em Brasília. O órgão já iniciou as ações de polícia judiciária e perícias no Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal para identificação dos responsáveis pelos atos de vandalismo, inclusive com sistemas de identificação facial.

A Polícia Federal informa também que o grupo de Bombas e Explosivos foi mobilizado para varreduras e reforçam que a segurança do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será reforçada, incluindo rotas e instalações.

“Os crimes cometidos durante os atos estão sendo devidamente apurados, no âmbito das atribuições da Polícia Federal", complementou a nota. 

Ataques aos Poderes 

Manifestantes extremistas, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), inconformados com o resultado das eleições presidenciais de 2022 que consagraram Luiz Inácio Lula da Silva (PT) presidente da República, invadiram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF) neste domingo (8), após entraram em choque com a polícia. Bombas de gás e tiros de balas de borracha foram usados para tentar conter a multidão. 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decretou no fim da tarde a intervenção federal no Distrito Federal, até 31 de janeiro, após invasão e destruição do patrimônio na Praça dos Três Poderes, em Brasília. 

Anderson Torres exonerado

Ex-ministro da Justiça do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, Anderson Torres foi exonerado do cargo de secretário de Segurança Pública do Distrito Federal. A informação foi confirmada pelo governador Ibaneis Rocha ao repórter Túlio Amâncio, da TV Band, por volta das 16 horas

Torres foi acusado por governistas de empregar efetivo insuficiente para reprimir atentados contra a democracia no DF durante protestos de extremistas previstas para este domingo e que terminaram na invasão do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal. 

Ratro de destruição

Os extremistas, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que invadiram prédios públicos na Praça dos Três Poderes, neste domingo (8), e destruíram parte do patrimônio em Brasília, deixaram um rastro de destruição por onde passaram. Além do mobiliário, como cadeiras e mesas, o grupo danificou obras de arte de valor inestimável e símbolos da República.

Imagens obtidas na internet mostram um quadro do pintor Di Cavalcanti (1897-1976) vandalizado com ao menos seis perfurações. Ele ficava numa parede do terceiro andar do Palácio do Planalto.

O Brasão da República, que ficava no prédio do STF (Supremo Tribunal Federal), também foi retirado do lugar e vandalizado pelos golpistas. As cadeiras dos ministros da Corte foram danificadas e jogadas para fora do prédio. Imagens que também circulam pela internet mostram pessoas sentadas nas poltronas comemorando o ato antidemocrático e fazendo fotos sobre elas.

A galeria de fotos dos presidentes da República também foi destruída pelos vândalos. Vitrines, vidraças e janelas dos prédios dos Três Poderes entraram no alvo dos golpistas que pedem intervenção militar no país após a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

Um vídeo impublicável que circula pela internet mostra um dos criminosos defecando em uma sala. 

Jornalistas agredidos

Depois de o repórter da Band ter tido o celular jogado no chão, no início do protesto, outros profissionais de imprensa foram agredidos. Uma fotógrafa do portal Metrópoles foi agredida e teve a câmera quebrada, pouco antes das 17 horas. Outros jornalistas se afastaram para evitar a violência. 

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