A Polícia Federal confirmou neste sábado (18) que os remanescentes do indigenista Bruno Araújo Pereira fazem parte do material que passa por perícia no Instituto Nacional de Criminalística (INC). A confirmação foi feita com base no exame de arcada dentária. Três homens estão presos suspeitos de matar Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips no Vale do Javari, na Amazônia.
Na noite de sexta-feira (17), a PF tinha confirmado que o corpo de Dom Phillips tinha sido identificado também com exames de arcada dentária, exame papiloscópico (impressões digitais), combinada com antropologia forense.
O exame apontou ainda que Dom Phillips morreu em consequência de um tiro que recebeu no peito disparado por uma arma de caça, com múltiplos balins, provocando traumatismo no tóxax e no abdôme.
Bruno Pereira recebeu dois tiros, um no tórax abdôme e um na cabeça.
“Os trabalhos dos peritos do Instituto Nacional de Criminalística, nos próximos dias, serão concentrados nos exames de Genética Forense, Antropologia Forense e métodos complementares de Medicina Legal, para identificação completa dos remanescentes e compreensão da dinâmica dos eventos”, diz a nota.
Terceiro suspeito preso
Jeferson da Silva Lima, também conhecido como “Pelado da Dinha", foi preso na manhã deste sábado (18) em Atalaia do Norte (AM). Ele é apontado pela Polícia Federal como suspeito de envolvimento nas mortes do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista brasileiro Bruno Araújo Pereira, que desapareceram no dia 5.
Lima se entregou à delegacia logo no início da manhã. O preso será interrogado e encaminhado para audiência de custódia. Seu mandado de prisão foi expedido pela Justiça Estadual de Atalaia do Norte. Segundo as investigações, ele teria colaborado com os irmãos Amarildo Oliveira da Costa, o “Pelado”, e Oseney da Costa de Oliveira, o “Dos Santos”.
Dom Phillips e Bruno Pereira foram mortos após serem rendidos pelos assassinos. Os corpos foram esquartejados e queimados. Os restos mortais foram recolhidos e levados pela Polícia Federal para serem periciados pelo Instituto de Criminalística, em Brasília.