A Polícia Federal concluiu nesta quinta-feira (2) que um navio petroleiro de bandeira grega foi o responsável pelo vazamento que atingiu, entre agosto de 2019 e março de 2020, as praias de 11 estados brasileiros.
As praias foram atingidas por petróleo cru, ou seja, não se origina de nenhum derivado de óleo, como gasolina e outros. Além das manchas de petróleo, animais foram atingidos.
A PF informou que a empresa dona do navio, o comandante e o chefe de máquinas serão indiciados pelo caso. Os nomes dos envolvidos não foram revelados.
O objetivo será buscar um valor de indenização pelo dano ambiental. Os custos arcados pelos poderes públicos Federal, Estadual e Municipal foram estimados gastos de R$ 188 milhões.
O inquérito policial será analisado inicialmente pelo poder Judiciário Federal do Rio Grande do Norte e pelo Ministério Público Federal potiguar.
Os estados atingidos foram Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Sergipe.
Investigação com apoio da Interpol
A PF detalhou que a investigação foi centralizada em três frentes: análises químicas que buscaram determinar o tipo de material que chegou à costa brasileira, suas características e, especialmente, sua procedência; local exato onde ocorreu o vazamento ou lançamento do óleo, na qual priorizou-se o uso de técnicas de geointeligência; documentos e informações que pudessem esclarecer os fatos, por meio de cooperação nacional e internacional, inclusive com apoio da Interpol.