PF deflagra 2ª fase de operação que investiga fraudes de R$ 13 milhões em pensões do INSS

Foram identificadas 119 pensões por morte supostamente irregulares, das quais 75 já foram cessadas no decorrer das investigações

PF deflagra 2ª fase de operação que investiga fraudes de R$ 13 milhões em pensões do INSS
Polícia Federal
Divulgação/Polícia Federal

A Polícia Federal (PF) realizou nesta terça-feira (19), em Maceió, Alagoas, a segunda fase da Operação Geração Espontânea, com o objetivo de desmantelar um esquema de fraudes milionárias contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A ação contou com o apoio da Coordenação de Inteligência da Previdência Social e focou em irregularidades na concessão de pensões por morte.  

A investigação revelou um esquema elaborado, no qual servidores do INSS identificavam cadastros de segurados falecidos para criar pensões fraudulentas destinadas a "dependentes menores" fictícios. Essas crianças inexistentes eram registradas com certidões de nascimento falsificadas, e as pensões, geradas em nome delas, incluíam pagamentos retroativos que beneficiavam a organização criminosa.

Para viabilizar o golpe, mulheres eram recrutadas para se passarem por mães dessas crianças fictícias. O esquema envolvia manipulação de dados no sistema previdenciário, possibilitando a criação e o pagamento de benefícios fraudulentos.  

Nesta etapa da operação, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão — três em União dos Palmares e um em Maceió —, além de uma medida cautelar diversa da prisão, expedida pela Justiça Federal.  

Desde a primeira fase da operação, foram identificadas 119 pensões por morte concedidas de forma irregular, das quais 75 já foram cessadas. O prejuízo estimado chega a R$ 12,9 milhões, mas a suspensão dos benefícios pode evitar um impacto adicional de R$ 10,2 milhões aos cofres públicos de Alagoas.  

O que é a Operação Geração Espontânea?  

A Operação Geração Espontânea foi lançada para combater fraudes relacionadas à concessão de benefícios previdenciários. Na primeira fase, realizada anteriormente, as investigações apontaram a utilização de documentos falsificados para criar vínculos de dependência inexistentes e, assim, justificar o recebimento de pensões por morte. A etapa inicial foi crucial para identificar os padrões da fraude, o envolvimento de servidores públicos e as falhas no sistema previdenciário que permitiram o esquema.  

A PF continua trabalhando para identificar outros envolvidos e revisar todos os benefícios suspeitos.

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