A Polícia Federal confirmou, nesta sexta-feira (17), que um dos "remanescentes humanos" que chegaram da Amazônia é do jornalista britânico Dom Phillips, morto na Amazônia. Os restos mortais estão no Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal, em Brasília, onde estão sendo periciados.
A confirmação do DNA foi feita por meio da arcada dentária do jornalista. Os corpos foram encontrados após o pescador Amarildo da Costa Oliveira, o "Pelado", ter confessado a participação na morte e indicado o local onde os corpos foram enterrados.
Mesmo com a identificação do remanescente, o comitê de crise, coordenado pela Polícia Federal, afirma que continuará com análises para determinar a causa da morte.
A polícia confirmou que, inicialmente, foram feitos testes com a impressão digital. Mas o método não apresentou resultados. O DNA do indigenista brasileiro Bruno Araújo ainda não foi identificado. Os testes continuam.
Nesta tarde, o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) afirmou que vai acompanhar a investigação envolvendo as mortes de Bruno e Dom.
Capa do ‘The Guardian’
A capa de edição desta sexta do jornal impresso britânico ‘The Guardian’ mostra uma foto de Dom Phillips na Amazônia com a manchete: “Dom Phillips, o homem que morreu tentando alertar o mundo sobre a guerra na natureza”.
Univaja
A Univaja (União dos Povos Indígenas do Vale do Javari) rebateu nota emitida nesta sexta-feira (17) pela PF (Polícia Federal). O comunicado da PF diz que “não há mandante ou organização criminosa” por trás do desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips.
“A Univaja não concorda com o desfecho da Polícia Federal que afirma não haver mandante para o crime que culminou na morte de Dom e Bruno", disse a entidade indígena em nota.
Em nota detalhada, a Univaja diz que “a PF desconsidera as informações qualificadas, oferecidas pela Univaja em inúmeros ofícios, desde o segundo semestre de 2021, período de implementação da EVU (Equipe de Vigilância da Univaja)”, diz.