A Polícia Federal informou que aguarda dados do Departamento de Justiça dos Estados Unidos para esclarecer se o ex-presidente Jair Bolsonaro e os outros investigados utilizaram os cartões de vacina falsos para entrar no país.
Jair Bolsonaro, Mauro Cid, o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ) e outras 14 pessoas foram indiciadas pelos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema público no inquérito que investiga a falsificação de certificados de vacinas de Covid-19.
“A investigação aguarda os dados decorrente do Auxílio Jurídico em matéria penal solicitado junto ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos – DOJ, que podem esclarecer se os investigados fizeram uso dos certificados de vacinação ideologicamente falsos quando da entrada e estadia no território norte-americano, podendo configurar novas condutas ilícitas”, diz trecho do documento.
A Justiça dos Estados Unidos foi acionada porque, em 30 de dezembro de 2022, o então presidente Bolsonaro viajou para o país com o avião presidencial - e não passou a faixa presidencial a Lula. Na época, os EUA exigiam a apresentação do comprovante de vacinação contra a doença para a entrada de estrangeiros,
Por ser chefe de Estado, a defesa de Bolsonaro alega que ele não precisaria apresentar o documento, porém ainda não há informação se o político utilizou o certificado para entrar no país. O ex-presidente só retornou ao Brasil em março de 2023.
Com a conclusão do inquérito, a investigação será encaminhada ao Ministério Público, que decidirá se irá apresentar a denúncia à Justiça ou arquivará a investigação. A Band entrou em contato com a defesa do ex-presidente e aguarda retorno.
