A aposentada Sônia Regina Duarte perdeu duas netas, um irmão e uma cunhada nos deslizamentos causados pelo temporal da última terça-feira (15) em Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro. Em entrevista à BandNews TV, ela contou que a tragédia poderia ter sido ainda maior. Seu filho, que é deficiente, só conseguiu se salvar porque entrou dentro de uma geladeira enquanto se afogava em um alagamento.
“Quase perdi também o meu filho. Ele tentou salvar elas [as netas], não deu jeito. Ele é deficiente, não dava. Veio com pedra, veio com tudo, bateu na casa e derrubou. O que salvou a vida dele foi a geladeira. Ele foi parar dentro da geladeira, estava morrendo afogado. Está todo machucado. A enxurrada jogou ele longe. Meu filho ouviu os pedidos de socorro. Eu tinha acabado de sair. Agora eu tenho meus bichos, meus porcos. Quero tirar eles de lá”, lamentou, emocionada.
Sirenes voltam a tocar
A sexta-feira (18) amanheceu em clima de tensão em Petrópolis. Enquanto a cidade tenta se recuperar dos alagamentos e deslizamentos da última terça (15), a Defesa Civil voltou a acionar as sirenes para alertar a população sobre a possibilidade de novos incidentes devido à previsão de mais chuvas. Os alertas acontecem de meia em meia hora.
Mais de 120 mortes foram confirmadas, e mais de 100 pessoas seguem desaparecidas. O foco da preocupação continua sendo o Morro da Oficina, no bairro Alto da Serra, área mais atingida por desabamentos.