O padre Alan Rodrigues é mais um personagem icônico da tragédia em Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro devastada pelas chuvas na última semana. Cerca de um ano depois de celebrar o casamento de Sarah Walsh e Bernardo Albuquerque, ele foi o responsável pela cerimônia de sepultamento do casal, vítima dos deslizamentos.
O padre era o líder espiritual de Sarah e Bernardo, bastante envolvidos com a fé católica. Ele está há mais de 2 anos à frente da Paróquia de Santo Antônio, no bairro Alto da Serra, exatamente em frente ao Morro da Oficina, área mais afetada pelo temporal, onde mais de 80 casas desabaram.
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No dia da tragédia, o casal decidiu ir à missa às 7h30. Questionada se não iria a um abrigo para se proteger, Sarah disse à família, em mensagens de WhatsApp, que preferia orar porque "ali se sentia segura".
“Nossa relação era muito bonita. Eles eram muito jovens, eu também, mas eu me sentia pai deles. De um ano para cá, a Sarah começou a manifestar uma sensação de fim de ciclo. Ela falava isso: ‘sinto que estou terminando um ciclo’. A gente nunca entendeu. Parece que ela se preparou. O Bernardo também. Ele me procurou para uma direção espiritual e falou da necessidade de intensificar a espiritualidade dele. Foram à missa às 7h e morreram às 18h”, contou o padre Alan Rodrigues.