Petroleiros russos à deriva geram grande vazamento de óleo

Dois navios-tanque seriamente danificados após tempestade no Estreito de Kerch derramam grandes quantias e óleo no mar, provocando operação de resgate de emergência. Ao menos um marinheiro morreu.

Por Deutsche Welle

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Dois petroleiros russos ficaram seriamente danificados após uma tempestade no Estreito de Kerch, no Mar Negro, derramando grandes quantidades e óleo no mar e provocando uma operação de resgate de emergência, disseram autoridades russas a agências de notícias estatais neste domingo (15/12).

Alguns relatos afirmam que pelo menos um dos navios afundou mais tarde.

O petroleiro Volgoneft 212, construído em 1969 e que transportava uma tripulação de 15 pessoas e milhares de toneladas de derivados de petróleo, encalhou e teve sua proa arrancada, informou a agência de notícias Tass, citando o Ministério de Situações de Emergência russo.

As autoridades disseram que um membro da tripulação morreu, mas que uma operação de resgate conseguiu evacuar os marinheiros restantes.

Um segundo navio-tanque, o Volgoneft 239, construído em 1973, também foi danificado e ficou à deriva, com 14 tripulantes a bordo. Posteriormente, ele encalhou a 80 metros da costa, próximo ao porto de Taman, na região russa de Krasnodar, onde uma operação de resgate está sendo planejada, disseram as autoridades.

Ambos os navios-tanque têm uma capacidade de carga de cerca de 4.200 toneladas de produtos petrolíferos.

Putin ordenou formação de grupo de trabalho

O presidente Vladimir Putin ordenou que o governo crie um grupo de trabalho para lidar com a operação de resgate e mitigar o impacto do vazamento de combustível, afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.

A Rússia disse que mais de 50 pessoas e equipamentos, incluindo helicópteros Mi-8 e rebocadores de resgate, foram enviados para a área.

O Estreito de Kerch separa a Península da Crimeia, ocupada pela Rússia, da Rússia e é um importante ponto de navegação global, fornecendo passagem do Mar de Azov para o Mar Negro.

É uma rota fundamental para as exportações de grãos russos e também é usado para exportações de petróleo bruto, óleo combustível e gás natural liquefeito.

Ele também tem sido um ponto-chave de conflito entre a Rússia e a Ucrânia depois que Moscou anexou a península da Ucrânia em 2014.

Em 2016, a Ucrânia levou Moscou à Corte Permanente de Arbitragem (CPA), tentar assumir ilegalmente o controle da área. Em 2021, a Rússia fechou o estreito por vários meses.

md (AP, Reuters)

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