A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (1) um novo aumento nos preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha nas refinarias de cerca de 5%. Os novos preços para as distribuidoras valem a partir desta terça-feira (2). 

Este é o quinto reajuste nos combustíveis somente nos três primeiros meses de 2021.

Em seu quinto aumento do ano, a gasolina teve reajuste médio de R$ 0,12 por litro, passando a ser vendida às distribuidoras a R$ 2,60. Já preço do diesel, reajustado pela quarta vez, subiu R$ 0,13 centavos, custando R$ 2,71 nas refinarias.  

O gás de cozinha, o GLP, teve um aumento de R$ 0,15, passando a ser vendido pela Petrobras por R$ 3,05 por quilo. 

No comparativo com o mês de dezembro de 2020, o diesel passou de R$ 2,02 para R$ 2,71. Já a gasolina, de R$ 1,84 para R$ 2,60.

A estatal justificou os reajustes, alegando que os valores praticados pela Petrobras têm como referência os preços de paridade de importação, acompanhando as variações do valor do produto no mercado internacional e da taxa de câmbio.

Irritado com os sucessivos reajustes, o presidente Jair Bolsonaro anunciou, no último dia 19 de fevereiro, a indicação para a troca do comando da Petrobras: o general Joaquim Silva e Luna em lugar de Roberto Castello Branco, cujo mandato na presidência vai até 20 de março. A interferência direta gerou polêmica e as ações da estatal na bolsa de valores chegaram a cair mais de 20%, mas começaram a se recuperar posteriormente.

Em 23 de fevereiro, um decreto do presidente passou a obrigar os postos a informarem todos os valores que compõem o preço dos combustíveis por meio de placas com informações claras, precisas e legíveis sobre a composição dos preços dos combustíveis.

Pressionados por categorias como a dos caminhoneiros, Bolsonaro chegou a anunciar que o Governo Federal suspenderia a cobrança de PIS/Cofins sobre os combustíveis e o gás a partir de março, mas a medida ainda não foi sacramentada.