Pessoas negras são as que mais solicitaram o auxílio emergencial na pandemia do coronavírus. De acordo com o estudo "Desigualdades raciais e de gênero no mercado de trabalho em meio à pandemia", pelo menos 67% dos quase 70 milhões de beneficiários são negros. As informações são da Milena Teixeira, da BandNews FM.
A pesquisa divulgada pelo Centro Brasileiro de Análise e Planejamento nesta sexta-feira (12) mostra ainda que, no início da pandemia, a taxa de pobreza era de 11,4% entre os brancos e de 18,6% entre os negros.
Sem o auxílio, a taxa de pobreza passa a ser 19,6% e 35,0%, respectivamente, o que implicaria um aumento de 88% na taxa de pobreza de negros e de 72% entre brancos.
Para os negros, o percentual salta de 11,45% para 16,63%, ao passo que para os brancos vai de 9,17% para 11,58%.
Em relação ao recorte de gênero, a pesquisa mostra que 21% das mulheres não procuraram emprego na pandemia porque precisaram cuidar de afazeres domésticos, contra 1,3% dos homens.