Os atos de 7 de setembro tiveram grande adesão de pessoas nesta terça-feira (7), na capital paulista. Segundo balanço da Secretaria de Segurança Pública do Estado, 125 mil pessoas estiveram nos atos pró-Bolsonaro, concentrados na Avenida Paulista, enquanto 15 mil manifestantes estiveram no Vale do Anhangabaú, que foi palco de atos contra o governo.
Quatro mil policiais, 1,4 mil viaturas, seis caminhões blindados, três veículos lançadores de água, 100 cavalos e seis drones atuaram nas duas manifestações, que reuniram juntas 140 mil pessoas. O custo, segundo o governo paulista, foi de R$ 1,75 milhão aos cofres públicos.
Na avenida, havia carros de som, trios elétricos e milhares de pessoas gritando palavras de ordem. Os manifestantes seguravam faixas e cartazes, alguns em inglês, com ataques ao Supremo Tribunal Federal. À tarde, milhares de pessoas ocuparam pelo menos 8 quarteirões da Paulista. Os manifestantes se dispersaram após o discurso do presidente Bolsonaro, perto do fim da tarde.
Ainda de acordo com o balanço, até o meio da tarde, houve apenas ocorrências de menor gravidade, com cinco pessoas detidas: duas pelo furto de celulares na paulista, um por porte de armas brancas, outra com sinalizadores proibidos e o quinto tinha itens para fabricação de um coquetel molotov.
Pelo Brasil, atos a favor do presidente Jair Bolsonaro em 24 estados, mais o Distrito Federal. Na pauta dos manifestantes, pedidos a favor do voto impresso e pautas antidemocráticas, como o fechamento ou destituição de ministro do STF, e intervenção militar. As maiores concentrações de pessoas aconteceram em Brasília e São Paulo. Nos discursos, Bolsonaro voltou a ameaçar o STF, além de chamar o ministro Alexandre de Moraes de "canalha" e dizer que não cumprirá nenhuma decisão tomada por ele.
Já contra Bolsonaro e seu governo, ao menos 23 estados tiveram atos pedindo pelo impeachment do presidente, mais vacinas contra Covid-19 e pedidos por emprego, contra a inflação e saúde.