O Centro de Comunicação do Exércíto Brasileiro em Brasília confirmou na manhã desta segunda-feira (9) que 1,2 mil pessoas foram detidas para triagem em acampamento ao lado do QG (Quartel General) da capital federal. Agentes da Polícia Militar do Distrito Federal e da Força Nacional de Segurança retiraram praticamente todos os manifestantes que estavam noa concentração bolsonarista.
Segundo a polícia, muitos dos participantes dos atos de terrorismo na Praça dos Três Poderes no domingo voltaram ao acampamento durante a noite. De acordo com o Ministério da Justiça, o número de envolvidos ainda poderá ser atualizado.
Segundo a pasta, os radicais foram encaminhados para a Polícia Federal para averiguação, em cerca de 40 ônibus. Eles passarão por uma triagem. O prazo de 24 horas para prisões em flagrante ainda está vigente.
Os terroristas detidos após os ataques ao Palácio do Planalto, ao Congresso e ao Supremo Tribunal Federal (STF), neste domingo também estão sendo encaminhados para o Complexo Penitenciário da Papuda (homens) e para a Penitenciária Feminina do Distrito Federal (mulheres). Em nota, a Polícia Civil (PCDF) confirma que ontem foram detidas pelo menos 300 pessoas.
A juíza Leila Cury, da Vara de Execuções Penais do DF, autorizou a transferência desses suspeitos para as duas penitenciárias, sem audiência de custódia. “As investigações seguem até que o último integrante seja identificado”, publicou a Polícia Civil do DF em redes sociais.
As polícias do Distrito Federal estão sob comando do interventor Ricardo Cappelli, secretário-executivo do Ministério da Justiça, que foi nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), após constatada a incapacidade do governo em impedir os atos de vandalismo.