Eduardo Pazuello disse aos senadores da CPI da Pandemia que deixou o Ministério da Saúde por ter cumprido sua missão. No dia 18 de março, data da sua demissão, 2.724 morreram de Covid-19.
Segundo dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), a média móvel de mortes subiu por 23 dias seguidos antes de o general ser demitido.
Nos leitos de UTI, 16 Estados e o Distrito Federal registravam taxa de ocupação acima de 90%, com Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Rondônia com 100% de ocupação na época.
O Brasil também começava a enfrentar desabastecimento de medicamentos analgésicos, bloqueadores musculares e sedativos utilizados para a intubação de pacientes.
O país tinha um total de 134.106 mortos pelo coronavírus quando Pazuello foi efetivado no cargo. O número havia mais do que dobrado no dia de sua exoneração: 287.499.
A afirmação de "missão cumprida" irritou alguns senadores. O petista Humberto Costa fez um discurso inflamado e afirmou que Pazuello deveria pedir desculpas aos brasileiros.
O presidente da CPI, Omar Aziz, foi mais sereno mas disse que até agora o país só tinha perdido para o vírus e que não há missão cumprida enquanto a doença não for erradicada.