Em coletiva do Ministério da Saúde nesta segunda-feira (15), o ministro Eduardo Pazuello confirmou que o presidente Jair Bolsonaro está pensando em reorganizar a pasta, negou estar sofrendo pressão e diz que segue no cargo até uma definição.
“Um dia sim, pode ser curto, médio ou longo prazo, o presidente está nesta tratativa de reorganizar o ministério. Enquanto não for definido, a vida segue normal. Eu não estou doente, eu não pedi para sair e nenhum de nós do nosso executivo está com problema algum. Estamos trabalhando focado na missão quando o presidente tomar decisão, faremos uma transição correta”, afirmou.
Pazuello confirmou que chegou a conversar com o presidente e Ludhmila Hajjar, médica cotada para o cargo e que acabou declinando do convite após se reunir com Bolsonaro.
“O presidente, sim, está pensando em substituição, está avaliando nomes. Conversei com ele e a Ludhmila e claro que estou à disposição de ajudar todos que vierem aqui. É continuidade, não há rompimento”, esclareceu. Ele negou que pediu para deixar o cargo. “Não, eu não pedi para embora e nem vou pedir”.
Calendário e novos acordos por vacinas
Antes de abordar o assunto que envolve seu posto, o ministro fez um balanço de suas ações à frente da pasta e anunciou que o governo assinou os contratos com as farmacêuticas Pfizer/BioNTech e Janssen para o fornecimento de vacinas contra a covid-19.
Segundo o ministro, as entregas começam já em abril e a previsão é de ter mais de 138 milhões de doses de vacinas entregues até julho, contando todos os imunizantes. Serão 100 milhões de unidades da Pfizer e 38 milhões do braço farmacêutico da Johnson & Johnson - esta última, de dose única.
Pazuello também afirma que o processo de transferência de tecnologia para produção do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) da vacina da Oxford/AstraZeneca na Fiocruz está adiantando em dois meses e deve ser finalizado em abril. Com isso, a expectativa é produzir 1 milhão de doses por dia do imunizante na fábrica da Fiocruz em Bio-Manguinhos.
O ministro revelou ainda que há 562,9 milhões de doses contratadas pelo governo ainda para 2021, mas que há “oscilações” nas entregas.