A inteligência artificial, ou simplesmente IA, veio para ficar. Nesse universo, mobiliza empresas do mundo inteiro numa corrida por transformação digital. O objetivo? Buscar bons índices de eficiência, inclusive para os colaboradores. Isso quer dizer que postos de trabalho serão substituídos? Um especialista entrevistado pelo Passa Lá no RH acredita que não.
Para Emerson Lima, fundador da Sauter, empresa que trabalha com a transformação digital em outras companhias, a inteligência artificial é uma ferramenta que chega para somar. Não se trata de algo para substituir a mão de obra existente, mas, sim, fazer esses funcionários se adaptarem ao avanço tecnológico.
“Acho que tem muita transformação para acontecer. Tem muita coisa que, hoje, a gente não consegue resolver, mas que a gente, provavelmente, vai resolver. Mas eu não acho que a gente está a fim de substituir o jornalista, estagiário ou analista. Eu acho que a gente tem que pensar nisso, talvez, como uma oportunidade para encontrar a cura do câncer, o problema para o trânsito, o problema para as filas de saúde”, considerou Lima.
Resistência às mudanças…
O especialista também acredita que as empresas precisam investir o máximo possível em inclusão, para que a transformação digital dela seja plena. Nesse contexto, há o alerta para o colaborador que tende a ser mais resistente às mudanças.
Você não tem que se preocupar com a inteligência artificial. Você tem que se preocupar com a pessoa que saiba mexer com a inteligência artificial melhor do que você (Emerson Lima, especialista em transformação digital)
Vale a pena para a empresa?
No que diz respeito à resistência de uma parcela dos colaboradores de determinada empresa, Lima destaque que caberá à companhia poderá se vale a pena investir em funcionários que não mudam de ideia, apesar das oportunidades ofertadas para a integração tecnológica.
“Todos nós temos uma propensão a negar o novo. À medida que as coisas vão acontecendo, acho que você vai mudando de ideia. Infelizmente, algumas pessoas têm muita crença e você não consegue mudar. Acho que depende de a companhia entender isso para o seu processo e até que ponto vale a pena investir em pessoas que querem mudar de ideia”, pontuou fundador da Sauter.