O último episódio da 5ª temporada do Passa Lá no RH abordou, entre outras coisas, a felicidade no ambiente de trabalho. É possível medir um sentimento tão subjetivo? A executiva de RH Daniela Plesnik, ao participar da edição desta segunda-feira (11), fez uma análise sobre o tema e como as empresas e pessoas físicas podem se estabelecer melhor nesse contexto.
Na entrevista, Plesnik destacou um estudo da Universidade da Pensilvânia. A pesquisa mostra que, apesar da subjetividade, a felicidade pode ser alcançada por meio de pilares (saúde, relacionamento e emoções), inclusive no ambiente corporativo. Dentro dessas categorias, há subdivisões, a exemplo da realização de atividades físicas e qualidade do sono, características que melhoram a qualidade de vida das pessoas.
“A felicidade é subjetiva? Sim, mas a gente sabe que, para ter o bem-estar, todo mundo precisa fazer exercício físico, dormir bem. Existem estudos científicos que falam sobre a meditação. Se as empresas ou a gente, como pessoa física, trabalharmos nesses pilares, com certeza, a gente tem uma possibilidade de bem-estar”, comentou a especialista.
Comportamento da empresa
Segundo a executiva, a empresa não pode deixar de experimentar medidas que levem felicidade aos colaboradores só porque tal sentimento é subjetivo. A companhia precisa buscar o que a ciência diz a respeito da promoção do bem-estar dos profissionais.
“Não basta a empresa, simplesmente, oferecer um monte de conteúdo, um cardápio de benefícios, e não trabalhar a sua cultura. Na parte da empresa, é, sim, oferecer um cardápio, ações e trabalhar numa transição para ter uma cultura mais humanizada. Vai ser longo esse processo. Não é de uma hora para outra”, considerou a entrevistada.
Parte do colaborador
Quanto à contribuição do colaborador, ele precisa reaprender a se expressar e falar dos anseios. A partir disso, avaliar se o que a cultura da empresa prega é posto em prática.
“Quanto à parte da pessoa, investir em autoconhecimento. A gente está precisando reeducar um monte de adulto a falar de sentimento, a se conhecer, a falar do que gosta, como me energizo, como me dreno. Aí, sim, parte de a pessoa usufruir daquele cardápio de benefícios que a empresa tem e fazer escolhas. Se essa empresa, realmente, faz uma coisa e faz outra, existem mais empresas buscando fazer o certo. Então, está maior o número de possibilidades para buscar algo que faça mais sentido”, concluiu Plesnik.