O parlamento de Israel aprovou nesta segunda-feira (24) a primeira grande lei para refazer o sistema de Justiça do país. Por unanimidade, 64 legisladores disseram sim para medida que limita o poder da Suprema Corte israelense.
A lei proíbe a Suprema Corte de revisar decisões do governo com base no "princípio da razoabilidade". A reforma judicial foi apresentada pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu há seis meses e, desde então, o governo enfrenta uma crise nacional sem precedentes, com manifestações todas as semanas.
Milhares de israelenses saíram às ruas desde a madrugada desta segunda. Eles bloquearam uma estrada que leva à sede do parlamento em Jerusalém, e a polícia usou canhões de água para impedi-los.
A reforma tem como objetivo aumentar o poder do Parlamento sobre o da Suprema Corte. Opositores acreditam que a mudança pode abrir um precedente autoritário, levando ao extremismo político e religioso.
Benjamin Netanyahu participou da sessão mesmo depois de ter se submetido a uma cirurgia de emergência na noite de sábado (22), para o implante de um marca-passo. Ele recebeu alta do hospital algumas horas antes da votação.