O Bundestag (Parlamento alemão) homenageou com um minuto de silêncio nesta quarta-feira (11/09) as vítimas do ataque do grupo extremista palestino Hamas a Israel, ocorrido no sábado passado.
A cerimônia teve a participação do presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, e do embaixador de Israel na Alemanha, Ron Prosor.
"Condenamos veementemente esses atos desumanos de terrorismo contra Israel", declarou a presidente do Bundestag, Bärbel Bas, na abertura da sessão.
Ela acrescentou que esse terrorismo "não pode ser justificado por nada e deve acabar imediatamente". Ela apelou para que todos os reféns do Hamas sejam "libertados imediatamente".
A presidente do Bundestag, dirigindo-se ao embaixador, assegurou a "solidariedade irrestrita" dos parlamentares ao povo israelense, ao Knesset (Parlamento de Israel) e ao governo israelense. "Apoiamos firmemente nossos amigos israelenses", frisou.
"Alemanha não pode tolerar apoio a crimes covardes"
Ela também disse que a Alemanha não vai tolerar qualquer apoio no país aos "crimes covardes e repugnantes" do Hamas nem permitir "que esses crimes cruéis contra crianças, mulheres e homens" sejam celebrados nas ruas alemãs ou nas redes sociais.
Nesta terça-feira, a polícia de Berlim proibiu uma manifestação anti-Israel que seria realizada na capital, afirmando que a realização do ato apresentaria ameaça à segurança e à ordem pública e também vetou a que outros eventos em substituição à atos similares.
A proibição ocorre após a polícia berlinense ter reprimido no sábado um grupo que celebrou nas ruas da capital alemã o ataque a Israel pelo Hamas, considerado um grupo terrorista na União Europeia (UE) e nos Estados Unidos.
"Israel tem direito de se defender"
Também presente à cerimônia, a ministra do Exterior, Annalena Baerbock, enfatizou que Israel não apenas tem o direito como também o dever de se defender desse ato "terrível de terrorismo".
Ela disse que o sábado passado, quando começou o ataque, foi provavelmente o dia mais sangrento da história do país e que a Alemanha ofereceu apoio em todas as áreas.
Em relação à ajuda aos palestinos, Baerbock disse ser errado interromper agora a ajuda humanitária vital porque isso também faz parte dos cálculos do Hamas. Porém, ela ponderou que toda a ajuda aos palestinos será revista, incluindo a ajuda humanitária, em conjunto com as Nações Unidas.
as/md (AFP, EPD)