Paramilitares do grupo de Forças de Apoio Rápido do Sudão teriam cometido abuso e violência sexual a civis de 8 a 75 anos. É o que aponta o novo relatório da missão da ONU no país nesta terça-feira (29).
O documento aponta que mulheres foram sequestradas como escravas sexuais durante a guerra civil, que está em curso no país. O grupo teria cometido estupros coletivos e detenções das vítimas, cometendo violências com armas de fogo, facas e chicotes.
A ONU indica que há motivos para acreditar que os atos constituem crimes de guerra e crimes contra a humanidade, incluindo tortura, estupro, escravidão sexual e perseguição por motivos étnicos e de gênero.
Os crimes teriam ocorrido principalmente em invasões a cidades e vilas, além de ataques a locais e deslocamento ou civis fugindo de áreas afetadas por conflitos e durante a ocupação em áreas urbanas. Muitas vítimas foram espancadas na frente de familiares, que também eram ameaçados.
A missão da ONU indica que é necessária a proteção urgente de civis, já que não há tantos lugares para apoio médico e psicossocial, já que instalações de saúde foram destruídas, saqueadas ou ocupadas pelas partes em guerra.
Civis são violentados sexualmente no Sudão
Mohammad Ghannam/MSF/Divulgação via REUTERS