Pão e gasolina devem subir de preço no Brasil com o conflito Rússia x Ucrânia

Os dois países são importantes produtores de trigo e milho

Jornal Metro

A invasão da Rússia e a deflagração da guerra na Ucrânia interferem diretamente nos mercados financeiros mundiais e afeta a cadeia de alimentos em todos os países. 

Isso deve ocorrer, no caso do Brasil, principalmente no preço dos produtos à base do trigo e do milho, já que Rússia e Ucrânia são importantes produtores mundiais de cereais. Os dois países, juntos, são responsáveis por 15% da produção mundial de trigo. Já a Ucrânia vende 17% do milho consumido no mundo.

Como o Brasil não é autossuficiente em trigo e importa o cereal da Argentina e Estados Unidos, com o produto sendo negociado em dólar, os preços devem subir em caso de um conflito prolongado na região.

Isso deve se refletir diretamente no preço dos derivados; no caso do Brasil, o pãozinho francês, biscoitos, bolachas e derivados do milho, como farinhas.

Petróleo

As notícias de invasão russa na Ucrânia fizeram com que, nas primeiras horas de pregão, o preço do barril de petróleo tipo Brent chegasse a US$ 100, maior valor de negociação desde 2014.

Como a Rússia é um dos grandes produtores de petróleo do mundo e as sanções internacionais devem interromper a negociação do produto nas bolsas, o preço no mercado internacional será severamente pressionado.

A Petrobras segue uma política de preços “pareada” com a flutuação do mercado internacional, portanto a gasolina deve chegar mais cara nas bombas já nos próximos dias.

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Dólar e bolsa

Nesta quinta (24), o dólar saltou para R$ 5,1052, a maior valorização diária desde 8 de setembro. Segundo os especialistas, a alta acentuada denota a aversão dos investidores ao risco do mercado com a guerra.

Durante a tarde, a moeda chegou a atingir a máxima de R$ 5, 165, um ajuste na cotação de 3,23%.

O cenário de guerra também ajudou a derrubar a Bolsa de Valores Brasileira, que operou em baixa de 0,52%, aos 111.428,18 pontos.

Este texto foi originalmente publicado no METRO JORNAL

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