Um projeto de cessar-fogo entre Israel e Hezbollah está avançando nos Estados Unidos, Líbano, Israel e nos bastidores da Assembleia Geral da ONU, segundo fontes dos principais países envolvidos.
O presidente do Parlamento libanês, Nabih Berri, deu um prazo de 24 horas para que os esforços diplomáticos sucedam ou fracassem.
A esperança de um cessar-fogo começou a circular ao mesmo tempo em que duas brigadas do exército israelense foram concentradas na fronteira com o Líbano para uma ofensiva terrestre. E no dia em que o Hezbollah disparou um míssil balístico contra Tel Aviv, interceptado antes de atingir o alvo, que seria uma instalação do Mossad, em Herzylia, um bairro ao norte.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, partiu para a Assembleia Geral da ONU, em Nova York, encarregando o ministro Ron Dermer de representá-lo nas negociações para um cessar-fogo no Líbano. Os EUA estão em contato indireto com o Hezbollah através do governo libanês e algumas instituições europeias.
Uma fonte de Israel disse ao jornal Yedioth Aharonot: "Estamos nos aproximando de uma encruzilhada de decisões sobre a trajetória da guerra."
O secretário de Estado, Antony Blinken, disse à rede NBC de televisão que "um acordo diplomático, por meio do qual as forças se retiram da fronteira, criando um ambiente seguro para que as pessoas voltem para casa, é o que estamos buscando". Ele acrescentou: "Embora haja uma questão legítima aqui, não acreditamos que a guerra seja a solução".
Blinken também falou do cessar-fogo de Gaza, paralisado há algum tempo. "Temos um projeto de acordo com 18 parágrafos. Quinze deles foram aceitos pelo Hamas e Israel. Mas nas duas últimas semanas não tivemos respostas do Hamas".
Ele disse que o presidente Joe Biden vai usar todos os dias, até 20 de janeiro, fim de seu mandado, para promover o cessar-fogo em Gaza. O presidente do Parlamento libanês, Nabih Berri, confirmou "os esforços sérios com partes internacionais, incluindo os EUA, para deter a recente escalada israelense contra o Líbano".