Pai e filho são condenados à prisão perpétua por assassinato de homem negro

Ahmaud Arbery foi morto enquanto corria em um bairro predominantemente branco nos EUA

da Redação com Agência Brasil

O caso aconteceu em 2020 Pixabay
O caso aconteceu em 2020
Pixabay

Acusados pelo assassinato de Ahmaud Arbery, homem negro de 25 anos que corria em um bairro predominantemente branco na Geórgia, sul dos Estados Unidos, Travis McMichael, Gregory McMichael e William "Roddie" Bryan foram condenados à prisão perpétua na sexta-feira (7).

Os McMichaels, pai e filho, passarão o resto de suas vidas na prisão, mas o juiz Timothy Walmsley decidiu que Bryan poderá buscar liberdade condicional após 30 anos de cadeia.

O caso aconteceu em 2020. Arbery corria no bairro de Satilla Shores, nos arredores de Brunswick, em um domingo, quando Gregory e Travis se armaram e entraram em uma caminhonete para persegui-lo. 

Eles alegaram que achavam que a vítima era suspeita por uma série de arrombamentos no bairro, o que nunca aconteceu. 

Arbery foi assassinado a tiros. Bryan, o terceiro condenado, usou o celular para filmar a morte. 

"Cena perturbadora"

O juiz Walmsley disse, em audiência no Tribunal do Condado de Glynn, que deu aos McMichaels a sentença mais rígida em parte por causa de suas palavras e ações "insensíveis" capturadas em vídeo.

"Foi uma cena assustadora e realmente perturbadora", declarou. Ele afirmou que Arbery foi "caçado, baleado e morto porque os indivíduos aqui neste tribunal fizeram justiça com as próprias mãos".

Anteriormente, parentes de Arbery argumentaram que o estereótipo racial levou à morte do corredor. Os advogados de defesa pediram clemência, dizendo que “nenhum dos três jamais pretendeu" que o rapaz fosse morto.

Em novembro, um júri considerou Gregory, 66, seu filho Travis, 35, e o vizinho Bryan, 52, culpados de assassinato, agressão agravada, prisão falsa e intenção criminosa de cometer um delito grave.

Os advogados de defesa disseram que apelarão das condenações.

Tópicos relacionados

Mais notícias

Carregar mais