O padre José Eduardo de Oliveira e Silva, de Osasco, na Grande São Paulo, é um dos alvos da operação da Polícia Federal (PF) que mirou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados. Agentes apontam articulação em prol de um golpe de Estado, envolvendo os respectivos investigados.
Na manhã desta quinta-feira (8), a PF apreendeu o passaporte de Bolsonaro, em cumprimento de medida cautelar que o impede de deixar o país. A petição foi assinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Quanto ao padre, ele é suspeito de integrar o “núcleo jurídico” da suposta trama golpista. Segundo a PF, no dia 19 de novembro, José Eduardo participou de uma reunião que teria discutido uma minuta ilegal que decretaria um estado de exceção. Por conta disso, foi alvo de busca e apreensão.
Composição do “núcleo jurídico”
No núcleo jurídico do esquema, conforme aponta a investigação, os envolvidos faziam o “assessoramento e elaboração de minutas de decretos com fundamentação jurídica e doutrinária que atendessem aos interesses golpistas do grupo investigado”.
Nessa célula jurídica, além do padre, participavam Filipe Garcia Martins Pereira, ex-assesor especial de Bolsonaro preso nesta manhã, o ex-ministro Anderson Gustavo Torres, o advogado Amauri Feres Saad e o ex-ajudante de ordens Mauro Cesar Barbosa Cid.
Em nota, a Diocese de Osasco disse que aguarda a conclusão do caso e que sempre se colocará ao lado da Justiça. O texto ainda destaca que a instituição não tem informações oficiais das autoridades sobre a operação contra o padre.
Leia a nota da Diocese de Osasco
A Diocese de Osasco comunica que recebeu a notícia sobre as investigações e buscas da PF à casa do padre José Eduardo de Oliveira e Silva, na manhã do dia 08 de fevereiro de 2024, por meio das mídias sociais.
Esclarecemos que, por não possuirmos nenhuma informação oficial das autoridades competentes, aguardaremos a conclusão do caso.
A Diocese se colocará sempre ao lado da justiça, colaborando com as autoridades na elucidação do caso.