Pacheco rejeita pedido de impeachment de Bolsonaro contra Alexandre de Moraes

Pedido foi protocolado contra ministro do STF na última sexta (20)

Caiã Messina, do Jornal da Band, com BandNews TV

Rodrigo Pacheco (DEM-MG), presidente do Senado, rejeitou nesta quarta-feira (25) o pedido de impeachment protocolado a pedido do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) contra o ministro do Supremo Tribunal Eleitoral, Alexandre de Moraes.

Ele decidiu arquivar o pedido por considerar não haver argumentos técnicos para tirar Moraes do cargo.

"Como presidente do Senado, determinei a rejeição da denúncia e o arquivamento do processo de impeachment. Esse é o aspecto jurídico. Mas há também um aspecto importante que é a preservação de algo fundamental que é a separação dos poderes, e a necessidade de que a independência dos poderes seja garantida e que haja a relação mais harmoniosa possível", justificou o senador em coletiva.

Pacheco afirmou ainda que é preciso superar as divergências pelos “meios próprios” e voltou a pedir uma relação mais harmoniosa entre os poderes. 

No pedido de impeachment que encaminhou ao Senado na última sexta (20), Bolsonaro alegava que Alexandre de Moraes conduz o inquérito das fake news, em que o presidente é investigado, com parcialidade, direcionamento, viés antidemocrático e partidário, sendo, ao mesmo tempo, investigador, acusador e julgador.

Bolsonaro vai voltar atrás em pedido de impeachment de Barroso

Bolsonaro, que costuma falar em eventos militares, dessa vez preferiu o silêncio durante o Dia do Soldado, em Brasília. Nesta quarta, ele mandou um emissário avisar ao STF que não vai mais pedir o impeachment do ministro Luís Roberto Barroso. 

Mas o presidente frisou que a desistência do pedido de impeachment depende dos comportamentos de barroso e do STF. O presidente disse que não vai aceitar o que chamou de "ataques" do tribunal a aliados.

Por sua vez, o ministro do STF disse que, apesar de ataques injustos e absurdos, não vê circunstâncias para um golpe no País.

“Gosto de dizer que não e acho que não, mas o número de vezes que me perguntam isso começa a me preocupar, mas eu não vejo condições para um golpe no Brasil simplesmente porque não há uma causa para se dar um golpe”, justificou Barroso, que também preside o Tribunal Superior Eleitoral.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), marcou para 2 de setembro uma reunião com governadores para discutir a crise entre os poderes. Arthur Lira (PP-AL), líder na Câmara, também deve comparecer. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vai ser convidado, assim como Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal.

Os governadores ainda querem marcar reuniões separadas com Bolsonaro e Fux.

Nova derrota para Bolsonaro no STF

No Supremo Tribunal Federal, Bolsonaro sofreu outro revés. O ministro Edson Fachin julgou como improcedente uma ação do presidente da República para impedir a abertura de inquéritos de ofício – ou seja, sem participação anterior do Ministério Público Federal.

Rodrigo Pacheco explica motivos para rejeitar pedido contra Moraes; assista

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