O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmou que o governo Lula vai reeditar a Medida Provisória sobre a desoneração na folha de pagamento. A declaração foi dada em um evento com empresários, na Suíça.
Segundo Pacheco, o acordo prevê que trechos sejam reeditados em uma nova MP. O presidente do Congresso afirmou que, se o texto da Medida Provisória tratasse apenas da desoneração, que foi aprovada pelo Congresso Nacional em 2023, ela seria devolvida, já que seria considerada inconstitucional.
No entanto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negou que uma decisão definitiva tenha sido tomada e afirmou que defende uma reoneração gradual e que quer se reunir com os líderes.
Pacheco e Haddad se reuniram na última segunda-feira (15) para discutir sobre a reoneração. Na semana anterior, Pacheco se encontrou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Palácio da Alvorada.
O presidente do Senado afirmou que a decisão foi "através do diálogo e da construção política".
A proposta vai contra o que já decidiu o Congresso Nacional no final de 2023, o que gerou uma espécie de atrito entre parlamentares e a equipe econômica do governo Lula. Haddad justificou a MP baseada no objetivo de zerar o déficit das contas públicas.
O governo federal afirma que a desoneração da folha de pagamento de salários deve custar mais de R$9 bilhões neste ano, o mesmo valor projetado para 2023.