O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou a postura de Pablo Marçal, candidato do PRTB à prefeitura de São Paulo nas eleições deste ano, no ato realizado no sábado (7) na Avenida Paulista. Segundo Bolsonaro, ao tentar subir no trio elétrico no final do evento, o coach “queria fazer palanque às custas do trabalho dos outros”.
“Parabéns a todos que participaram dos atos pela liberdade na Paulista. O único e lamentável incidente ocorreu após o término do meu discurso (com o evento já encerrado) quando então surgiu o candidato Pablo Marçal que queria subir no carro de som e acenar para o público (fazer palanque às custas do trabalho e risco dos outros), e não foi permitido por questões óbvias”, disse o ex-presidente em mensagem enviada pelo WhatsApp.
Bolsonaro ainda elogiou outros candidatos à prefeitura de São Paulo que foram convidados a participar da manifestação. “O atual prefeito Ricardo Nunes e Maria Helena compareceram desde o início e tiveram uma conduta exemplar e respeitosa, à altura das pautas defendidas: liberdade, anistia e equilíbrio entre os três Poderes”, afirmou.
O nome da candidata do Novo aparece errado na nota; o correto é Marina Helena. Mesmo recebendo frequentemente elogios públicos de Marçal, o ex-presidente oficialmente apoia a reeleição de Nunes (MDB) nas eleições de São Paulo.
Manifestação na Av. Paulista
A manifestação na capital paulista foi marcada por protestos contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e em apoio ao bilionário Elon Musk, dono da plataforma X (antigo Twitter), que está suspensa no país há uma semana. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) também esteve presente.
Em discurso, o ex-presidente declarou que Moraes “faz mais mal ao Brasil” do que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Devemos botar freio, através dos dispositivos constitucionais, naqueles que rompem o limite das quatro linhas da Constituição. Espero que o Senado Federal bote um freio em Alexandre de Moraes, esse ditador“, disse.
Antes, o pastor Silas Malafaia, que organizou o ato, pediu a prisão de Moraes e listou uma série de crimes que o ministro do STF teria cometido na condução de inquéritos.
“Vai chegar a hora de prestar contas. Ele é um ditador de toga. O inquérito de 8 de janeiro é uma farsa dele para produzir perseguição política. Ele censurou gente. Estou mostrando artigos da constituição que ele rasgou”.