O deputado Osmar Terra, suspeito de integrar o chamado gabinete paralelo, disse à CPI da Pandemia que não existe esse assessoramento.
"Não existe esse gabinete, esse gabinete é uma ficção. Se assessores do presidente lhe dão alguma recomendação, algum conselho, isso é natural. Todos os presidentes se aconselham com alguém", justificou ele.
Terra afirmou que as decisões tomadas pelo governo federal na gestão da pandemia são de responsabilidade de Bolsonaro e que tem apenas encontros eventuais com o presidente.
"A primeira vez que eu ouvi o termo quarentena vertical foi da boca do presidente. Ele cunhou esse termo. É da cabeça dele, ele tem uma visão que quarentena e lockdown não funciona", explicou o deputado.
Ele também contou que teve apenas encontros casuais com outros membros do suposto gabinete paralelo, como Arthur Weintraub, Nise Yamaguchi, Carlos Wizard, Paolo Zanotto e Luciano Dias Azevedo.
O deputado revelou que encontrou o vereador da cidade do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro, em reuniões ministeriais e no gabinete do presidente, mas disse que não tem relação com o filho do presidente.
"Eu nunca conversei com o Carlos Bolsonaro. Eu cumprimento ele quando ele está no gabinete do presidente ou quando ele ia em uma reunião de ministérios", afirmou.