Buscas por Lázaro Barbosa já podem ter custado mais de R$ 3 milhões

Somente com helicópteros, custos já devem chegar a R$ 1 milhão; quase 300 policiais e até drones são usados para encontrá-lo em mais de duas semanas

Mark Figueredo, para o Bora SP

A caçada a Lázaro Barbosa, por um dos criminosos mais procurados do Brasil acontece por terra e pelo ar, com o apoio de helicópteros e drones. E o custo total da força-tarefa que atua há mais de duas semanas pode passar dos R$ 3 milhões. É o que estima o o ex-secretário acional de Segurança Pública do país, coronel José Vicente Silva.

São pelo menos 270 agentes de segurança e o uso de uma tecnologia de ponta na força-tarefa para tentar localizar Lázaro Barbosa. Drones com sensores infravermelhos capazes de detectar calor humano no meio da mata, começaram a ser usados essa semana, numa das maiores operações da polícia no país.

São usados quatro helicópteros, que estão sobrevoando o céu de Goiás há mais de duas semanas. Cada aeronave voa, em média, quatro horas por dia. O investimento só nessa parte da operação já chega a quase R$ 1 milhão. 

“Cada hora de voo do helicóptero custa entre R$ 3.000 e R$ 4.000. Se computar ainda os salários dos policiais e os custos indiretos, cada policial hoje tem um custo de dois salários mínimos e meio. E é preciso colocar na conta até os custos hospitalares dos policiais que podem ser atendidos”, explica o coronel.

Lázaro é suspeito de matar uma família em Ceilândia, no Distrito Federal, no início do mês. A captura dele é uma resposta para os familiares das vítimas e pro retorno da segurança de um estado inteiro.

Dois presos por ajudar Lázaro

O secretário de Segurança Pública do Estado, Rodney Miranda, disse em coletiva de imprensa na cidade de Cocalzinho de Goiás que ambos foram autuados em flagrante. Duas espingardas e munições foram apreendidas.

Os homens foram identificados como Elmi Caetano Evangelista, de 74 anos e Alain Reis de Santana, 33. Elmi é dono de uma chácara onde Lázaro teria trabalho e Alain seria o caseiro do local. Elmi tentou fugir ao desobedecer a ordem de parada da polícia em uma blitz e foi detido. 

Um ex-patrão de Lázaro se tornou advogado da família do assassino. Wesley Lacerda se ofereceu para prestar os serviços e disse que já tentou entrar em contato com o foragido.

Na chácara eles encontraram Alain. No local, os policiais ainda acharam uma arma que Lázaro Barbosa roubou quando invadiu uma propriedade rural. 

De acordo com o secretário, os investigadores chegaram até uma residência que servia de esconderijo para Lázaro. 

Ex-patrão vira advogado da família de Lázaro

Wesley Lacerda é fazendeiro em Cocalzinho de Goiás. Em 2018, contratou Lázaro para fazer serviços em uma propriedade rural. Em março daquele ano, o ex-funcionário foi preso por crimes anteriores – homicídio, roubo, estupro e porte ilegal de arma. Levado a um presídio em Águas Lindas de Goiás, ele fugiu em julho, e está foragido desde então.

O fazendeiro deu emprego à mãe e ao padrasto de Lázaro Barbosa como caseiros. Em 2018, o casal indicou que ele fosse contratado para prestar um serviço temporário na propriedade rural. Na época, Wesley ficou com uma boa impressão do funcionário.

Na propriedade rural em Cocalzinho de Goiás, a mãe e o padrasto de Lázaro Barbosa moraram em uma pequena casa durante alguns anos. Lázaro morou no mesmo imóvel durante um mês, em um quarto próprio. Pouco tempo após o trabalho prestado, foi preso e levado a Águas Lindas de Goiás.

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