O presidente Jair Bolsonaro (PL), em discurso na Assembleia-Geral da ONU, atacou, sem citar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os governos brasileiros entre 2003 e 2015. Na ocasião, o chefe do Executivo disse que a atual gestão federal extirpou a corrupção sistêmica.
“No meu governo, extirpamos a corrupção sistêmica que existia no país. Somente entre o período de 2003 e 2015, onde a esquerda presidiu o Brasil, o endividamento da Petrobras por má gestão, loteamento político e em desvios chegou à casa de 170 bilhões de dólares. O responsável por isso foi condenado em três instâncias por unanimidade”, disse Bolsonaro na ONU.
Melhora econômica
O presidente aproveitou o púlpito para ressaltar a melhora econômica do Brasil nos últimos meses, como o avanço do PIB (Produto Interno Bruto) em 1,2%, redução da taxa desemprego e de pobreza.
“Apesar da crise mundial, o Brasil chega a 2022 com uma economia em plena recuperação. Temos emprego em alta e inflação em baixa. A economia voltou a crescer. A pobreza aumentou em todo mundo sob o impacto da pandemia. No Brasil, ela já começou a cair de forma acentuada. Os números falam por si só. A estimativa é de que, ao final de 2022, 4% das famílias brasileiras estejam vivendo abaixo da linha da pobreza extrema. Em 2019, eram 5%”, pontuou o presidente.
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Redução de preços
Outro ponto tratado pelo presidente diz respeito à redução do preço dos combustíveis no contexto de seguidos anúncios dos valores da gasolina e diesel pela Petrobras, além da energia elétrica.
“Desde de junho, o preço da gasolina caiu mais de 30%. Hoje, um litro no Brasil custa cerca de 90 centavos de dólares. Hoje, o preço da energia elétrica teve uma queda de mais de 15%. Quero ressaltar que o custo da energia não caiu por causa de tabelamento de preços”, salientou o chefe do Poder Executivo brasileiro.
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Amazônia
Sobre o meio ambiente, um dos temas centrais desta Assembleia-Geral da ONU, Bolsonaro pontuou que mais de 80% da Amazônia está preservada no Brasil. Segundo ele, a grande mídia internacional divulga dados contrários. O presidente aproveitou para listar feitos.
“É fundamental que, ao cuidarmos do meio ambiente, não esqueçamos das pessoas: a região amazônica abriga mais de 20 milhões de habitantes, entre eles indígenas e ribeirinhos, cuja subsistência depende de algum aproveitamento econômico da floresta. Levamos internet a mais de 11 mil escolas rurais e a mais de 500 comunidades indígenas”, falou Bolsonaro.
1º a discursar
Bolsonaro foi o primeiro líder mundial a discursar (leia a íntegra do discurso), em cumprimento à tradição, na Abertura da Assembleia-Geral da ONU. Ele falou logo após o secretário-geral, António Guterres, e o presidente do debate, Csaba Korösi.
O terceiro a falar seria o presidente dos Estados Unidos. Nesta edição, porém, Joe Biden não falará na abertura do evento devido à agenda no funeral da rainha Elizabeth II. O discurso do americano está marcado para a próxima terça-feira (20).