O placar terminou com 140 países favoráveis à medida, 5 contrários e 38 optaram pela abstenção.
O texto, escrito pela Ucrânia e apresentado por México e França, critica o papel da Rússia na criação da crise.
O segundo rascunho da África do Sul, que não fazia menção à Rússia, foi derrubado antes de ir à votação.
Promovida por México e França, a resolução intitulada "consequências humanitárias da agressão", pede "o cessar imediato das hostilidades" geradas pela invasão russa e a "retirada imediata, completa e incondicional" das forças armadas russa de território ucraniano.
Essa é a segunda resolução aprovada contra a Rússia na Assembleia da ONU. Ambas não são vinculantes, ou seja, não têm cumprimento obrigatório.
Em 2 de março passado, em uma decisão histórica, 141 países votaram a favor de outra resolução de condenação à invasão russa contra 35 abstenções (entre elas China, Cuba, Nicarágua, El Salvador, Bolívia, Índia, Irã, Iraque, Cazaquistão ou Paquistão) e cinco votos contra (Coreia do Norte, Síria, Belarus, Eritreia e a própria Rússia).
Desde o início da invasão, mais de 3,3 milhões de pessoas deixaram a Ucrânia; a maioria está vivendo agora como refugiado na Polônia.
O número de civis mortos durante os ataques é incerto: a ONU calcula cerca de 1 mil vítimas em todo o território ucraniano.
Mais cedo, o governo do Estados Unidos aprovou um novo pacote de sanções contra a Rússia, congelando bens de 328 parlamentares russos, do diretor do maior banco do país e de dezenas de fabricantes de armas e equipamentos defesa.
Também nesta quinta-feira, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, subiu o tom com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e pediu uma resposta mais clara da aliança militar sobre o envio de armamentos.
Zelensky alegou que a organização tem pelo menos 20 mil tanques à disposição e poderia enviar, segundo ele, pelo menos 1% de todo o arsenal, incluindo aviões.
Em resposta, a Otan disse que vai ampliar o número de soldados no Leste Europeu e reforçar os sistemas antitanque e de defesa aérea e drones na Ucrânia, mas reiterou que não pretende entrar com as tropas em solo ucraniano.
Impactado pela guerra na Ucrânia, o Produto Interno Bruno (PIB) mundial de 2022 é revisado para baixo.
A economia deve crescer 2,6%, e não mais 3,6%, segundo relatório apresentado na Conferência da ONU para o Comércio e Desenvolvimento.
Entre as 20 maiores economias do mundo, os países mais afetados devem ser, respectivamente, Rússia, África do Sul e Brasil.
No Brasil, o PIB deve fechar o ano em expansão de apenas 1,3%; até então, a previsão da ONU para o Brasil era de uma alta de 1,8%.
Na Rússia, a estimativa é que a economia do país encolha 7% diante das sanções internacionais.