Onlyfans do crime? Quem é Brenda Ferreira, detenta que vendia fotos em presídio

A mulher, acusada de matar um homem, deve responder pelo uso de celular na prisão

Da Redação

Brenda Ferreira está presa na Penitenciária Feminina de Patos, na Paraíba, desde o dia 8 de fevereiro de 2022. Ela é acusada de ser mandante do assassinato de um homem e foi capturada em São José do Egito, em Pernambuco. Entretanto, de dentro da cela, ela viralizou nas redes sociais com fotos sensuais. 

A “presa do OnlyFans” está sendo investigada por produzir e divulgar fotos e vídeos sensuais em sites de conteúdo adulto. Após a repercussão do caso, a direção da penitenciária recolheu um celular e um carregador que estavam na cela e Brenda deve abandonar o “serviço”. 

Nas imagens, a mulher aparece sensualizando em todos os espaços da cela, com biquínis ou nua. No esquema, a detenta passa as fotos e vídeos para produtores de sites que pagam pelas imagens. Em seguida, o material é postado em grupos de aplicativos e em um perfil atribuído a ela no OnlyFans.

O que é OnlyFans? 

É uma rede social em que os usuários podem pagar para ter acesso a conteúdos (fotos, vídeos e transmissões ao vivo) de outras pessoas, famosas ou anônimas. Não é obrigatório expor a própria intimidade com fotos sensuais ou nuas para estar no aplicativo.

Com a repercussão do caso, Brenda Ferreira foi transferida nesta quarta-feira, dia 20, para a Penitenciária Júlia Maranhão, em João Pessoa. Em nota divulgada, a Seap (Secretaria da Administração Penitenciária) da Paraíba diz que a "Corregedoria da pasta já foi acionada e todas as providências cabíveis estão sendo tomadas para haver a responsabilização dos envolvidos na medida de seus atos”. 

O comunicado ainda diz ainda que "tais fatos isolados não condizem com a realidade do atual sistema prisional paraibano, renovando o compromisso com a moralidade, segurança e fiel cumprimento das Leis".

O deputado estadual Walber Virgulino (PL), ex-secretário da Seap da Paraíba no período de 2011 a 2014, disse em entrevista ao UOL, que esse tipo de atitude representa a desmoralização total da segurança pública no estado. Segundo o parlamentar, é necessário instalar bloqueadores de celular nas unidades prisionais para coibir o uso de telefone por parte dos presidiários.

Uso de celular em presídio é crime

O ingresso e o uso de celular no interior dos presídios é crime. Isto é, preso que tiver em sua posse, utilizar ou fornecer aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo cometerá um crime, sujeito a pena que varia de três meses a um ano de detenção.

A lei foi sancionada sem vetos. O porte de celular na prisão resultará em isolamento para o preso, além de se tornar um agravante para o benefício da progressão da pena. 

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