Onda de calor no Reino Unido assusta brasileira; termômetros marcam 40°C

Mineira Rosa Dias mora há 20 anos no Reino Unido e conta que a onda de calor chegou a danificar refrigeradores no seu ambiente de trabalho

Por Bruno Soares

Ondar de calor no Reino Unido assusta brasileira; termômetros marcam 40°C
Reprodução

O calor extremo que atinge a Europa colocou o Reino Unido em emergência nacional e também assustou quem também está acostumado a enfrentar temperaturas mais altas, como a mineira Rosa Dias, que mora em Londres há 20 anos.

Em entrevista ao Band.com.br, Rosa disse que enfrentar o calor no Reino Unido é muito diferente do que no Brasil, porque lá o país não está preparado para essa situação.

“É diferente o calor no Reino Unido porque o país não está preparado para o calor. Aqui a gente está preparando para o frio. E nos últimos anos, provavelmente por causa do aquecimento global os verões têm sido mais rigorosos. A gente não tem aquele verão que a gente tem no verão no Brasil. A gente tem uma semana de calor, mas a faixa de verão aqui é 25 graus e quando chega a 29, 30 é bem difícil de lidar”, afirmou.

Pela primeira vez na história, os termômetros chegaram aos 40 graus, cerca de 15 graus acima do normal para essa época do ano. O corpo de bombeiros do país está em alerta por causa do aumento dos focos de incêndio.

“O governo aconselhou as pessoas a ficar em casa, tomar bastante liquido, evitar transporte público. No noticiário pediram para as pessoas trabalharem de casa e não fazerem churrasco em nenhuma área porque tivemos bastante incêndio”, contou.

A agência de segurança de saúde do país emitiu um alerta vermelho nível três, que exige que os serviços sociais tomem medidas extras para proteger pessoas vulneráveis.

Os guardas da rainha, que ficam em pontos estratégicos de Londres foram retirados de seus postos por causa do sol forte.

O príncipe Charles afirmou que o calor sufocante no Reino Unido e em toda a Europa destaca a importância do combate ao aquecimento global.

O calor também tem afetado a funcionalidade de alguns serviços, como os supermercados. Rosa diz que precisou deixar um carrinho cheio de compras em um estabelecimento porque falou luz e a previsão para o retorno era somente tarde da noite.

“Eu fui ao supermercado, coloquei tudo no carrinho e quando fui para fila para passar no caixa, a luz acabou. A moça do caixa falou que o gerador ia começar a funcionar logo, mas não funcionou. A gente esperou 20 minutos na fila, mas depois anunciaram que a luz iria voltar só depois das 22h. Todo mundo teve que deixar os carrinhos com as compras e deixar o supermercado”, disse.

E os problemas se estenderam também para o ambiente de trabalho, em que até mesmo geladeiras não conseguiram suportar o clima quente e tiveram problemas.

“No meu trabalho, eu trabalho com cantina em empresas, eu tive problema com refrigeradores. A geladeira esquentou tanto que chegou a marcar 29 graus. Eu fechei para ver se voltava à temperatura normal, mas logo depois marcou 37 graus. Então perdi alguns produtos como sanduiches e iogurtes. O calor estava insuportável no trabalho. A gente trabalha com forno, fogão e na hora do almoço o restaurante encheu de funcionário e aqueceu muito mais”, contou.

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